Mostras de acervo do museu e obras do artista Rubem Valentim ocupam Casarão e Igrejinha do Solar do Unhão
Exposição Templo de Oxalá, com obras de Rubem Valentim, será aberta na Igrejinha do Solar do unhão / Foto: Divulgação/MAM-BA
Obras de 33 artistas que fazem parte do acervo do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) integram a mostra
40 Anos de Linguagem Contemporânea no MAM, que será aberta nesta
quinta-feira, dia 28 de julho, às 19 horas, no Casarão do Solar do
unhão. Além dela, também será inaugurada, na Igrejinha do museu, a
exposição
Templo de Oxalá, com obras do escultor, pintor, gravador e
professor de artes plásticas baiano Rubem Valentim (1922-1991). Em
cartaz até 11 de setembro, as mostras ficam abertas a visitantes de
terça a domingo, das 13h às 18h.
A
coletânea que ficará exposta no Casarão celebra quatro décadas de
diálogos do museu com a produção atual das artes visuais, dando
continuidade à programação
de exposições do acervo da casa. Foram selecionadas pela curadoria
obras dos artistas Chico Liberato,
Juarez
Paraíso, Edison da Luz, Juraci Dórea, Reinaldo Eckemberger, Sergio
Rabivovitz, Mario Cravo Neto, Vauluízo Bezerra, Almandrade,
Márcia Magno,
Márcia Abreu, Cesar Romero, Ramiro Bernabó, Bel Borba, Guache Marques, Zivé Giudice, Florival Oliveira,
Justino Marinho,
J
Cunha, Dicinho, Celeste Almeida, Murilo Ribeiro, Leonel Mattos, Caetano
Dias, Ayrso Heráclito, Paulo Pereira, Márcio Lima, Pico Garcez,
Pedro Archanjo, Beth Souza, Zau Pimentel, Daniela Steele e Iuri
Sarmento.
O
marco inicial dos 40 anos, de acordo com o diretor do MAM-BA, Zivé
Giudice, aconteceu na metade dos anos 70, quando o museu organizou um
extenso calendário
com simpósios, debates e exposições, com a presença de artistas e
críticos renomados. O propósito era repensarem o museu como uma casa de
reflexões, onde a arte experimental poderia ser compreendida, e não mais
como o lugar de guarda do objeto consagrado,
frequentado pelos especialistas.
“Exposições como
Cadastro,
Agora Mostra Sete,
Agora Mostra Quatro,
Exposição Proposta e a criação das
Oficinas de Múltiplos objetivamente iniciaram o flerte
do MAM-BA com as linguagens contemporâneas”, explica Giudice.
Templo de Oxalá
– Apresentada em 1977 à XIV Bienal de São Paulo, a exposição Templo de
Oxalá, de Rubem Valentim, é constituída de painéis e esculturas em
madeira branca. Nascido em Salvador, e integrante da geração de 1950, o
momento de renovação nas artes plásticas e outras
linguagens na cidade do Salvador, Valentim desenvolveu seu trabalho a
partir de elementos simbólicos da cultura popular e da semiótica afro do
Candomblé.
De
acordo com o artista plástico Almandrade, “Rubem Valentim foi o
primeiro artista baiano a assumir a abstração”. Ele criou um diálogo
entre a geometria
da simbologia religiosa e a geometria formal de uma importante parcela
da arte moderna, aproximando o que então podia ser considerado como
"arcaico" daquilo que era visto como "moderno".
Oficinas – O museu também celebra, no dia 28, a retomada das Oficinas do
MAM-BA, exibindo, na Galeria 3, gravuras
produzidas por artistas como Almandrade, Bel Borba, Sergio Rabinovitz,
Eliezer Bezerra, Antonio Társis, Caetano Dias, J. Cunha e Paulo Pereira.
O MAM-BA é um dos espaços culturais vinculados à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.
Serviço
Exposições
Templo de Oxalá, por Rubem Valentim, e
40 Anos de Linguagem Contemporânea no MAM
Abertura quinta-feira, 28 de julho, às 19h
De 29 de julho a 11 de setembro, das 13h às 18h.
Igrejinha e Casarão do Museu de Arte Moderna da Bahia - Av. Contorno, s/n, Solar do Unhão
Entrada gratuita
Mais informações: (71) 3117-6139
Nenhum comentário:
Postar um comentário