O documentário foi realizado pelo italiano Eduardo Veneziano
Depois de dois anos de realização, o cineasta italiano Eduardo Veneziano lança o filme Um Baiano Pirandelliano, que faz uma relação entre a obra do pintor baiano Menelaw Sete e do escritor italiano Luigi Pirandello, Nobel de Literatura. O documentário, que tem caráter social, filosófico, artístico, cultural e faz um alerta em relação as questões ambientais através das artes, será exibido para convidados no dia 04 de abril, às 20 horas, Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha. Antes de sua exibição oficial, o documentário ganha coquetel de lançamento nesta hoje (30/03), às 18h30, no Instituto ACM, na Rua Saldanha, 02, Pelourinho. Estarão presentes Menelaw Sete, o cineasta Eduardo Veneziano eSalvatore Dimino, coordenador cultural da cidade italiana Sciacca.
Com 51 minutos, o documentário de Eduardo Veneziano levou dois anos e meio para ser concluído. O cineasta traça uma relação de total identidade entre a obra de Menelaw e do pensamento do escritor Luigi Pirandello ao passear por cenários históricos, como Vulcão Etna, Mar Mediterrâneo, Castelo Encantado, Casarão do século XVI e Oliveiras gregas. O filme será lançado no Brasil e na Itália.
O projeto tem como protagonista o artista contemporâneo Menelaw Sete, que retorna à Itália com a exigência de contar, através da sua arte e a sua filosofia de vida, alguns aspectos que estão levando a um ponto sem volta o planeta Terra. Eduardo Veneziano criou um percurso que, de forma metafórica, encerra os quatro elementos da natureza. Em cinco capítulos, com cenário diferentes, o filme contar alguns aspectos da vida do artista baiano, comparando-os com o mundo atual e criando um contraste entre a arte, a fonte de mudanças e revoluções.
A partir de um acordo entre as prefeituras de Salvador e da italiana Sciacca, na Sicília, em 2001, as duas cidades tornaram-se gêmeas. Através desta relação, Salvatore Dimino, coordenador promotor cultural da cidade italiana, conheceu e se identificou totalmente com a obra do artista baiano, que resultou na homenagem especial ao nomear um espaço Sala Museu Menelaw Sete, em Sciacca.
Nos seus 30 anos de arte, Menelaw vem desenvolvendo relevantes trabalhos e exposições na Itália. Essa relação começou em 2005, com a intervenção artística no alto do Monte Rosa, 1,5 mil metros de altura, na divisa coma Suíça. Em 2011, a sua exposição foi aplaudida na Bienal de Veneza, no Pallazzo Pesaro Papafaya. Em 2012, Menelaw participou do Festival de Arte de Spoleto e, no ano seguinte, foi homenageado na cidade de Domodossola, na comemoração dos seus 25 anos de arte. Em 2014, o baiano lançou o catálogo de 250 páginas, em quatro idiomas, com críticas de Aldo Trípode e Antônio D´Avossa.
Além da Itália, Menelaw tem levado a sua arte para inúmeros países, como França, Holanda, Alemanha, Bélgica, Espanha, Portugal, Dinamarca, Inglaterra e nos Estados Unidos. Alguns de seus trabalhos estão expostos no Consulado Brasileiro, em Atlanta, nos EUA, no Museu de Antropologia de Frankfurt, na Alemanha; e na Casa das Américas, em Bruxelas. Em 2012, o artista recebeu o Título de Professor Ilustre pela Escola Superior de Belas Artes de São Francisco, em Córdoba, na Argentina; em 2010, com a Obra Pulando Corda, adquiriu o Selo da Drouot, Paris; e, em 2005, durante evento da AMAERJ (Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro), o arquiteto Oscar Niemeyer falou e escreveu sobre o quanto admirava a obra de Menelaw.
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