A Feira já está aberta à participação de artistas, editores independentes, coletivos, editoras, entre outros segmentos
Foto: Apus Filmes
O
Recôncavo baiano é um dos mais antigos territórios ocupados no Estado.
Sua memória gráfica é uma dentre suas
tantas riquezas. Em Cachoeira e São Félix, por exemplo, existem e
resistem uma série de antigas prensas e tipografias. Nas gráficas
locais, foram rodados muitos exemplares do Correio de São Félix, entre
outras publicações. Em litografia, foram produzidos os
incríveis rótulos dos Charutos Dannmann. Adentrar pelas memórias dessa
Bahia rica e pulsante é o que pretende o projeto Baía Gráfica, que prevê
a realização da Paraguassu - Feira de Impressos, em Salvador, a
produção do documentário Baía Gráfica e da publicação
Ympressos Paraguassu.
A
Paraguassu - Feira de Impressos é o braço de rio, o leito de encontros e
experimentações do projeto. Tem data
prevista para acontecer entre os dias 2 e 4 de junho, no Palacete das
Artes, em Salvador. A ação está aberta à participação de artistas,
editores independentes, coletivos, editoras, entre outros segmentos. Os
trabalhos podem ter temas, formatos e conceitos
diversos. As inscrições para expositores são gratuitas e estão abertas
até o dia 20 de abril. Pelo link: https://goo.gl/forms/ ABjdCQrQy38CwwVB2.
Paraguassu
vem do tupi - pará (rio) gûasu (grande). Era o nome dado pelos nossos
antepassados tupinambás à Baía
de Todos os Santos. Hoje, muito conhecido pelo rio que corta cidades do
Recôncavo, como Cachoeira e São Félix, e tem sua nascente em Barra da
Estiva, no centro-sul da Bahia, Paraguassu é a imagem poética que
margeia nossas utopias gráficas e nosso desejo de
encontro com editores, impressores e artistas de todo o Brasil.
Por
entre os municípios de Saubara e Maragogipe, sua foz desemboca nesta
Baía – o “nosso mar interior” - um
seio marinho semeado de ilhas, ilhotas, com seus rios e suas ribeiras,
seus manguezais, praias, enseadas e campinas de beira-mar. Não por
acaso, o projeto Baía Gráfica parte justamente do Recôncavo da Baía para
produzir suas paisagens gráficas, em torno de
antigas tipografias e mestres impressores.
Idealizadores -
O projeto Baía Gráfica é uma realização do Coletivo Sociedade da
Prensa. Tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de
cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia. Em
2016, a incursão foi pelas gráficas e memórias do Tabuão,
em Salvador, desembocando na “Tabuão - Feira de Impressos” que reuniu
mais de 40 expositores de todo o Brasil. Em 2017, as andanças se
espalham pelas memórias do Recôncavo Baiano.
A
Sociedade da Prensa surgiu em 2013 como um ajuntamento coletivo curioso
em soluções gráficas artesanais e
técnicas de impressão de baixo custo. Como o próprio nome sinaliza, o
interesse do coletivo gira em torno de velhos equipamentos e antigos
ofícios gráficos. No ateliê abrigado no centro antigo, na Rua Direita do
Santo Antônio Além do Carmo, Flávio Oliveira,
Laura Castro e Tiago Ribeiro produzem diversos materiais gráficos como
cartazes, livros, catálogos, entre outros, sempre com uma linha de
pesquisa experimental em torno, sobretudo, da publicação.
Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA)
– Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente,
projetos estritamente culturais de
iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou
privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são,
preferencialmente, aqueles que
apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo
mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à
iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de
apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações
Continuadas de Instituições Culturais sem
fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizad os;
Mobilidade Artística e Cultural e
Editais Setoriais. Para mais informações, acesse: www.cultura.ba.gov.br
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