Vencedor do Prêmio Braskem de Teatro 2016 de melhor espetáculo e melhor ator, "Bululú – Estórias da Invenção do Mundo"
realiza circulação na Europa
Espetáculo Bululu - foto: Diney Araújo
Depois de
conquistar a mais importante categoria do Prêmio Braskem de Teatro no
ano de 2016, a de melhor espetáculo adulto, além do prêmio de melhor
ator, dividido de forma inédita entre os intérpretes
Danilo Cairo e João Guisande, o espetáculo "Bululú – Estórias da
Invenção do Mundo" realiza uma circulação em Portugal através do projeto
Toca de Teatro – Ampliando Fronteiras.
Este projeto
foi contemplado através da primeira chamada da seleção pública
Mobilidade Artística e Cultural e conta com o apoio financeiro do
Governo da Bahia, via Fundo de Cultura, da Secretaria
da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Um projeto de
difusão e intercâmbio artístico que prevê algumas oficinas, encontros e
apresentações do espetáculo na cidade de FAFE e em outras cidades
localizadas no norte de Portugal.
O espetáculo
foi escrito e dirigido pelo premiado Moncho Rodriguez (Caetana) e
interpretado pelos atores baianos Danilo Cairo (Bartolomeus, Compadre de
Ogum, Atire a Primeira Pedra) e João Guisande
(A Capivara Selvagem, Amnesis, Bonitinha, mas Ordinária).
A peça conta
a saga de dois comediantes muito especiais: Amadeus (Danilo Cairo) e
Bartolomeus (João Guisande), tão antigos como o próprio teatro, o que é o
mesmo que dizer: tão antigos como a Terra.
Acabaram de chegar a um lugar onde pensam realizar o seu oficio de cada
dia, ou seja, representar. Preparam os seus instrumentos, as suas
roupas e máscaras e decidem contar o famoso romance da Invenção do
Mundo, inspirado no Grande Teatro del Mundo, de Calderón
de La Barca. Recitam, explicam e comentam todos os momentos do seu
texto até que Bartolomeus começa a questionar a razão de estarem ali.
Para que servem os cômicos? E as palavras? E os sonhos? Estas e outras
questões abalam o mundo dos dois comediantes e levantam-lhes
ainda outra dúvida: deverão escolher a ação da arte ou uma sociedade
cada vez menos poética, menos sensível e mais consumista?
A obra é uma
visão crítica e divertida do universo do teatro, da realidade, do
sonho, da vida, do ator e do espectador na sociedade contemporânea, onde
todos, sem sabem, representam uma personagem
que finge não representar.
Moncho Rodriguez -
Reconhecido como um dos mais importantes diretores e pesquisadores do
teatro do mundo ibérico, com mais
de 200 encenações realizadas na Espanha, Brasil e Portugal, é
dramaturgo, figurinista, cenógrafo, diretor de atores, coordena a
plataforma FAFE CIDADE DAS ARTES que mantém parcerias com o teatro
brasileiro e recebe em Residências Artísticas jovens criadores
para projetos experimentais de novas linguagens no universo do teatro,
da música, da dança e do cinema na cidade de Fafe em Portugal.
Segundo
Moncho Rodriguez, o que inspira as criações dos seus textos é a vontade
de provocar uma ruptura nos conceitos e fórmula do teatro tradicional, o
que na opinião dele muitas vezes só afasta
o espectador. Criar uma dramaturgia que promova inquietações sensoriais
na memória do imaginário invisível de cada participante (atores e
públicos) desta celebração que é o teatro.
Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA)
– Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente,
projetos estritamente culturais de
iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou
privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são,
preferencialmente, aqueles que
apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo
mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à
iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de
apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações
Continuadas de Instituições Culturais sem
fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizad os;
Mobilidade Artística e Cultural e
Editais Setoriais. Para mais informações, acesse: www.cultura.ba.gov.br
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