Inspirada
no Clube da Esquina, movimento que se afirmou no cenário da música
popular brasileira na década de 70 e teve como nomes Beto Guedes, Flávio
Venturini e Milton Nascimento, a banda soteropolitana Esquina de Minas
lança no próximo dia 9 de julho, às 20h, no Teatro Molière, da Aliança
Francesa, na Barra, seu primeiro EP, o Esquina de Todas as Ruas, com
seis músicas autorais.
Todas as canções têm a forte influência poética do movimento mineiro que trouxe inovações harmônicas e rítmicas para a época, e estarão presentes também no shows da banda já confirmado na Aliança Francesa, no dia 29 de julho. “Seguimos com a influência dos Beatles, Carlos Drummond de Andrade e dos movimentos Arcadismo, Modernismo e Barroco que tanto influenciaram o Clube de Minas. Mas além de resgatar as canções antigas, nossa idéia é criar um novo público”, destaca o baterista e idealizador da Esquina de Minas, Marcelo Penna.
Esses serão os primeiros passos da nova formação do Esquina de Minas, que agora conta a vocalista Tayse Maciel, a flautista Marina Morroy e o guitarrista Rodolfo Azous. As composições do EP são todas do baterista Marcelo Penna, 53 anos, que iniciou a relação com o Clube da Esquina ainda na década de 80 após uma viagem a cidade de Pedra Azul, na região do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.
Além da música de trabalho Lorenzo, feita em homenagem ao neto de três meses, Marcelo destaca entre as seis composições as músicas “Canção 136”, fruto de sua visita a casa do expoente do Clube de Minas Lô Borges, no bairro de Santa Tereza, Belo Horizonte, e “Venturianos”, que passeia pela relação entre o canto Gregoriano e Flávio Venturini. Gerais, com ênfase na fauna, serras e bioma mineiro, Pequeno Ser e Treze Dias completam o EP.
50 ANOS - O lançamento do EP reflete um novo passo da Esquina de Minas, que iniciou durante o aniversário de 50 anos de Marcelo, criado no bairro do Bonfim, na Cidade Baixa. “Queria fazer um som no meu aniversário de 50 anos e amigos me indicaram dois músicos: o baixista Ronaldo Borges, que já tocou com Carlinhos Brown e Cristiano Wilson. Fizemos ali uma brincadeira e depois vários amigos me ligaram para dar continuidade. E assim começou”, relembra Marcelo, que se afastou recentemente da função de professor de judô e jiu-jtsu para dar prioridade a música. “Como baterista, qualquer lesão pode me atrapalhar na música. Melhor evitar (risos)”, descontrai.
A
banda seguiu com show menores até ganhar mais corpo com o sucesso das
apresentações no Teatro Rubi, na Barra, em novembro do ano passado.
“Conseguimos praticamente lotar o Rubi nas duas apresentações e ali
vimos a força da nossa música. Tem um grande número de soteropolitanos
amantes do nosso estilo. Nós trazemos um pouco do jazz, do rock e de
toda a pluralidade do Clube da Esquina que marcou época na história da
música popular brasileira. Tanto o EP quanto os shows vão traduzir toda
essa influência”, ressalta Marcelo Penna.
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