Para escrever o texto de apresentação dessa importante mostra, artista e galeria entraram em consenso absoluto ao convidar a produtora baiana Luzia Moraes, que a primeira representante do artista e esteve com ele na maior parte das suas empreitadas nacionais e internacionais. A aceitação do convite pela produtora foi celebrada pelas partes e tido com muita honra pelo artista, destaca a produção local do evento.
Na série que será apresentada a partir do próximo sábado, o artista escreve sua própria ópera contando sobre o que conviveu na Bahia e faz uma transição para a sua chegada na Filadélfia e tudo que testemunhou sobre o cotidiano da mulher negra lá. É uma série em três atos: temos o relevo do papel machê em preto e branco, temos temos o momento em que o artista se reencontra com as cores e explode em luz e podemos ainda perceber o momento em que o relevo e as cores se fundem. "Ele é o novo Andrew Turner", diz Mercer Redcross, proprietário da galeria, sobre a série do jovem artista, comparando-o com um dos maiores representes da pintura negra nos Estados Unidos.
Vale ressaltar a familiaridade da Filadélfia com a Bahia no expressivo contingente da população negra e na valorização da estética afro, como o uso dos turbantes, por exemplo. Somando-se a importância da October Gallery que já tem mais de trinta anos trabalhando exclusivamente com artistas negros ou que utilizam da poética do negro no seu trabalho.
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