06/07/2017

Cazuza ganha homenagem no Teatro Castro Alves domingo (09)




Neste domingo (09) o público baiano terá uma noite de emoção embalada pelas canções imortais de Cazuza. Estreia pela primeira vez em Salvador “Exagerado – Tributo a Cazuza” às 19h na sala principal do Teatro Castro Alves. Estrelado por Valério que incorporou o sobrenome Cazuza ao seu nome, o show tem no repertório as canções mais importantes e que marcaram toda uma geração dos anos 80 e 90 aos dias atuais. O destino de Valério Damásio de Araújo e Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza, como na música Exagerado, parece que foi traçado na maternidade. O mesmo sobrenome foi uma mera coincidência. Mas a impressionante semelhança física e vocal são coisas difíceis de explicar.   

 Como começou essa história de cover do Cazuza?
Valério Cazuza: Começou numa brincadeira de karaokê, há 12 anos, quando eu tinha uma pizzaria e terminava a faculdade de enfermagem. Fechava a pizzaria por volta de meia noite e ia pro karaokê, umas duas vezes por semana, até que um músico de Niterói me viu e convidou para montar uma banda cover. Gostei tanto do que senti, que aos poucos larguei o comércio e a enfermagem, me dedicando somente ao ofício de representar o poeta.

Quanto do poeta e do inquieto Cazuza há no Valério?
Valério Cazuza: Comportamento, ele, como eu, gostamos de gente, independente de classe social, religião, faixa etária... Também o gosto pela boêmia, a vida noturna, pelo jeito "menino" de lidar com as pessoas. Quanto nas idéias, por ser filho de poeta (César de Araújo), tive afinidades por sua linguagem poética, forte.
 É a sua primeira vez em Salvador. Qual a expectativa para o show no Teatro Castro Alves, que é considerado um palco sagrado para inúmeros artistas?
Valério Cazuza: Eu me sinto honrado, por mim e pelo Cazuza. Estou levando ele comigo para essa cidade tão rica culturalmente e musicalmente falando.

Quando Cazuza morreu você tinha treze anos. Quais são as memórias que você tem deste fatídico dia?
Valério Cazuza: Chegava da escola quando vi a notícia pelo telejornal. Tive uma sensação de impotência perante a nova doença que adentrava no Brasil. A morte dele em consequência do HIV, mostrava ao Brasil, que não adiantava fama, dinheiro, que estávamos à mercê.

 Em dez anos de carreira Cazuza deixou marcas profundas na cultura musical do país. E ainda hoje é lembrado. A que você atribui o interesse na vida e obra dele?
Valério Cazuza: Justamente por suas músicas e ideias serem atuais, quando ele fala nas relações de amor e quando denuncia a hipocrisia de nossa sociedade.

 Quais são as músicas que não podem faltar no repertório e que estão no show?
Valério Cazuza: São tantos sucessos que fica difícil montar o repertório, porém, não podem faltar Bete Balanço, Pro Dia Nascer Feliz, Exagerado, Codinome Beija Flor, O Tempo Não Para, Ideologia, Brasil... Entre outras...

 “Me chamam de ladrão, de bicha, maconheiro, transforma o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro...”. Em tempos de homofobia e corrupção deliberada, quanta atualidade existe nestes versos, não acha?
Valério Cazuza: Já denunciava o cenário político e social daquela época, que infelizmente continua atual. Por isso ele continua agradando os fãs da época e a nova geração, com sua poesia atemporal. 

 Manda um recado para os inúmeros fãs do Cazuza em Salvador...
Valério Cazuza: Ao assistirem o espetáculo, com a certeza, vão se emocionar demais. Um filme que passará por nossas mentes. E eu quero contar com o público baiano para essa troca. Estou indo para Salvador como um mensageiro de grande poeta. Quem tem um sonho não dança!!!


Serviço
O que: Exagerado – Tributo a Cazuza
Quando: Dia 09 de julho às 19h
Onde: Sala Principal do Teatro Castro Alves
Ingressos: A a W - R$100 (inteira) e R$50 (meia) e de X a Z11 – R$80 (inteira) e R$40 (meia)
Ingressos à venda nas bilheterias do TCA, SAC do shopping Barra e Bela Vista e site e aplicativo ingressorapido.com.br 

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