Ilê Aiyê, Filhas de Gandhy, cortejo de baianas, DJ Nai Sena, Banjolada e outras atrações marcarão a primeira edição da Feira de Empreendimentos Negros Solidários, agendada para acontecer nos próximos dias 7 e 8 de julho, entre 10h e 20h, na Praça Pastores da Noite, no Pelourinho.
A iniciativa, idealizada pelo Coletivo de Entidades Negras (CEN) e financiada pelo Edital Bahia Década Afrodescendente, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), tem o objetivo de apresentar para o grande público produtos de economia solidária produzidos por empreendedores negros.
Roupas com temática africana, acessórios de beleza, cosméticos, bolsas, vestimentas religiosas, entre outros produtos estão na programação da feira, que acontecerá uma vez por mês. Durante todo o dia, os empreendimentos comercializarão seus produtos em barracas estilizadas com grafismo africano.
Culinária, música, teatro, poesia e muitas outras atrações também estão entre os atrativos do evento. Temática, a primeira edição homenageará o Dia Internacional das Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, comemorado no mês de julho. A festa marcará, ainda, a inauguração da Loja Colaborativa do CEN, que oferecerá para o público soteropolitano e turistas que circulam pelo Pelourinho os produtos comercializados nas feiras negras.
O espaço de comercialização funcionará diariamente, das 8h às 18h, no andar térreo da sede do CEN, situado no casarão número 25 da Rua das Laranjeiras (Pelourinho). A produção dos microempreendedores também poderão ser adquiridos por meio de uma Loja Virtual, que está em fase de construção. Nela, ainda serão publicados a história de cada empreendimento participante, do CEN e outros detalhes do projeto.
PROJETO – Financiado pela Sepromi e com apoio de parceiros como Rede Bahia e a empresa de logística Threeng Criativa, a iniciativa é destinada prioritariamente a jovens e mulheres. Esses dois grupos representam 76% e 52% dos empreendimentos selecionados, respectivamente. Durante o período do projeto, eles terão workshops sobre temas relativos aos três eixos da Década Estadual de Afrodescendentes e sobre empreendedorismo e administração, com formação técnica para que cada micro produtor leve à frente seus negócios.
As Feiras de Empreendimentos Negros Solidários foram pensadas pelo Coletivo de Entidades Negras respeitando as tradições afro-brasileiras, sem perder de vista o olhar transgeracional e o recorte de gênero e raça que são exigidos para se debruçar sobre a sociedade brasileira. A reunião de elementos culturais, estéticos, urbanísticos, ancestrais e tradicionais sinaliza o quão rica é a cultura negra do Brasil e o quanto de dedicação e investimentos são necessários para diminuir o abismo das desigualdades raciais que se estabeleceram no país.
Esta proposta ganha ainda mais relevância socioeconômica a partir do momento que alinha uma estratégia de combate à pobreza, pautada nos princípios da economia solidária, com as políticas de gênero, de juventude, de promoção da igualdade racial e de desenvolvimento sustentável, contemplando negros, jovens negros, comunidades tradicionais e mulheres negras.
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