Goethe-Institut, Aliança Francesa e Instituto Cervantes promovem a programação em Salvador, reunindo filmes de diversas nacionalidades
Realizada pela Associação dos Institutos Culturais, Embaixadas e Consulados de Países Membros da União Europeia (EUNIC Brasil) e pela Delegação da União Europeia no Brasil, a Semana da Europa chega à sua 15ª edição com uma programação cultural em diversas capitais brasileiras. Em Salvador, as atividades se desenvolvem numa parceria entre o Goethe-Institut, a Aliança Francesa e o Instituto Cervantes, apresentando a Mostra de Cinema Europeu, este ano com o tema “Olhares para o futuro”, que aqui reúne seis filmes de diferentes países – Suécia, Espanha, Irlanda, França, Dinamarca e Alemanha –, de 11 a 13 de junho, com sessões às 18h30 e 20h30, no Saladearte Cinema do Museu, com entrada franca.
“O cinema e o futuro são mesmo indissociáveis. Já no fim do século XIX, a criação da sétima arte, por si só, trazia às plateias encantadas diante da tela grande a sensação de que o futuro chegara. Os filmes selecionados para a Mostra do Cinema Europeu 2019, parte da programação da XV Semana da Europa, também lançam ‘Olhares para o futuro’”, afirma Anderson Falcão, coordenador da EUNIC Brasília. “São obras recentes da produção cinematográfica de países da União Europeia. Um conjunto que recorre a uma ampla gama de linguagens para nos sugerir as inúmeras possibilidades do porvir. Pelas lentes do cinema, convidamos a lançar novos olhares para o amanhã, uma construção coletiva na qual todos somos autores”, conclui ele.
Os filmes captam um planeta em transe e o desafio de projetar novos horizontes para a humanidade, como em “A construção do futuro – 100 anos da Bauhaus”, de Niels Bolbrinker e Thomas Tielsch (Alemanha), e “Bike versus Carros”, de Fredrik Gertten (Suécia). O documentário “O que estamos esperando?”, de Marie-Monique Robin (França), registra a trajetória de uma pequena vila na região da Alsácia, com 2.200 habitantes, para se tornar uma cidade sustentável e se preparar para a era pós-petróleo. “Os exilados românticos”, de Jonás Trueba (Espanha), reflete sobre juventude e masculinidade. A proteção do planeta aparece em “O galho de prata”, de Katrina Costello (Irlanda), e dramas psicológicos são tema de “Darling”, de Brigitte Staermose (Dinamarca).
A Semana da Europa faz parte das comemorações do Dia da Europa, celebrado em 9 de maio, data da assinatura da Declaração Schuman, considerada o início do que hoje é a União Europeia. Toda programação pode ser consultada em www.semanadaeuropa.org.
SERVIÇO
Mostra de Cinema Europeu – Olhares para o futuro
Quando: 11 a 13 de junho de 2019, sessões às 18h30 e 20h30
Onde: Saladearte Cinema do Museu
(Av. Sete de Setembro, 2195, Museu Geológico da Bahia – Corredor da Vitória)
Entrada franca
“Bikes versus carros”, de Fredrik Gertten (Suécia, 2015)
Gênero: Documentário
Quando: 11 de junho (terça-feira), 18h30
Duração: 95 minutos | Classificação indicativa: Livre
Sinopse: A bicicleta é uma ferramenta incrível para a mudança. Contra os imensos problemas urbanos, ela surge cada vez mais como uma solução “faça você mesmo”. Mas as mortes de ciclistas no trânsito ainda são diárias e eles exigem faixas seguras. O ex-correspondente internacional e colunista Fredrik Gertten coleciona experiências na África, na América Latina, na Ásia e em toda a Europa. Em “Bikes versus carros”, ele mostra como ativistas e cidades em todo o mundo estão se movendo em direção a um novo sistema.
“Os exilados românticos”, de Jonás Trueba (Espanha, 2015)
Gênero: Drama romântico
Quando: 11 de junho (terça-feira), 20h30
Duração: 70 minutos | Classificação indicativa: 12 anos
Sinopse: Três amigos realizam uma viagem em busca de amores idílicos e efêmeros. O que eles pretendem é experimentar novas emoções, algo que os faça se sentirem vivos. Pode ser uma tentativa de gastar os últimos momentos da juventude com certo heroísmo, mas talvez seja mesmo uma mostra da decadência do gênero masculino.
“O galho de prata”, de Katrina Costello (Irlanda, 2017)
Gênero: Documentário
Quando: 12 de junho (quarta-feira), 18h30
Duração: 75 minutos | Classificação indicativa: Livre
Sinopse: Um elogio cinematográfico à natureza e à cultura agrária e um vislumbre da vida do fazendeiro/poeta Patrick McCormack, descendente de gerações de fazendeiros que viveram na região Burren, no Condado de Clare. Essa estreia da diretora Katrina Costello, que filmou muitas sequências da natureza de tirar o fôlego, cria uma experiência de visualização que é profundamente meditativa, levando a uma profunda conexão com o ambiente natural e uma maior conscientização de nosso papel na proteção do nosso planeta vulnerável.
“O que estamos esperando?”, de Marie-Monique Robin (França, 2016)
Gênero: Documentário
Quando: 12 de junho (quarta-feira), 20h30
Duração: 119 minutos | Classificação indicativa: Livre
Sinopse: Quem acreditaria que a campeã internacional das cidades em transição é uma pequena comunidade francesa? No entanto, Rob Hopkins, fundador do movimento das cidades em transição, é quem diz isso. “O que estamos esperando?” conta como uma pequena cidade da Alsácia, de 2.200 habitantes, começou o processo de transição para a era pós-petróleo, decidindo reduzir seu impacto ambiental.
“Darling”, de Brigitte Staermose (Dinamarca, 2017)
Gênero: Drama
Quando: 13 de junho (quinta-feira), 18h30
Duração: 102 minutos | Classificação indicativa: 12 anos
Sinopse: Depois de anos no exterior, a famosa bailarina Darling volta a Copenhague para protagonizar “Giselle”, peça clássica que será coreografada por seu marido Frans. Durante os ensaios, porém, Darling se fere gravemente e vê seu futuro desmoronar: ela não poderá voltar a dançar novamente. Darling não quer desistir e decide treinar sua substituta, a bailarina Polly. A jovem se torna o centro das atenções de Frans e o mundo de Darling está prestes a desabar outra vez.
“A construção do futuro – 100 anos da Bauhaus”, de Niels Bolbrinker e Thomas Tielsch (Alemanha, 2018)
Gênero: Documentário
Quando: 13 de junho (quinta-feira), 20h30
Duração: 95 minutos | Classificação indicativa: Livre
Sinopse: Partindo da Bauhaus como utopia social, Niels Bobrinker e Thomas Tielsch investigam a evolução dessa importante escola de arte e arquitetura e sua capacidade de seguir inspirando ao longo dos últimos 100 anos. Como as ideias da Bauhaus poderiam fazer frente ao capitalismo global e ao rolo compressor dos mercados habitacionais? O filme é muito mais que uma história da construção; ele consegue desenhar uma história da cultura do pensamento moderno sobre o espaço, que é tão envolvente quanto esclarecedora. A obra nos faz passear, boquiabertos e apaixonados, pelos espaços do modernismo, sabendo que, daqui para frente, iremos enxergar a criação das formas com um olhar totalmente diferente.
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