06/04/2020

Coronavírus e gestantes: quais os riscos?


O planeta todo está em alerta por conta da pandemia de coronavírus (COVID-19). No Brasil, e também em Salvador, os casos têm se multiplicado rapidamente. Com o objetivo de diminuir o ritmo das contaminações e cuidar da população, a principal recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é manter o isolamento social o máximo possível, além da quarentena obrigatória para os infectados e da adoção de práticas de higiene respiratória, como cobrir a boca e o nariz com o cotovelo ou um tecido dobrado quando tossir ou espirrar e lavar as mãos constantemente. As ginecologistas e sócias da clínica Especializada em Medicina Estética Ginecológica (EMEG), Ana Cristina Batalha, Cristina Sá e Ticiana Cabral, tiraram algumas dúvidas sobre o novo coronavírus e as gestantes neste período. Confira abaixo.
Grávidas são grupo de risco?
O Ministério da Saúde recomenda o isolamento principalmente para os grupos de risco, que incluem idosos, diabéticos, asmáticos e hipertensos. Apesar de grávidas e crianças entrarem nessa lista na maioria dos casos de gripe, elas não integram o grupo de risco do COVID-19. As ginecologistas destacam que, por se tratar de uma doença nova, não existem muitos estudos a respeito. “A boa notícia é que a maioria das gestantes que contraíram o coronavírus, tiveram uma manifestação leve dos sintomas. No entanto, elas podem transmitir a doença como qualquer outra pessoa. Por isso, se cuidar e ter muita atenção com a saúde é fundamental, sempre”, explica Cristina Sá. Entretanto, durante a gestação, algumas alterações naturais no organismo podem favorecer a queda da imunidade da mulher, e por essa razão ela não deve se colocar em situações de risco. Por isso, o isolamento social nesse período é recomendado. 
Qual o risco para o bebê se uma gestante pegar coronavírus?
Mães infectadas com Covid-19 não transmitem o vírus para recém-nascidos. De acordo com relatório da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, na China, que acompanhou quatro grávidas que deram à luz no período do surto, as mães não apresentaram complicações e os bebês não nasceram com sintomas da doença. “Até agora, não apareceram diferenças nos sintomas de grávidas e não grávidas. As gestantes infectadas com coronavírus tiveram boa recuperação sem precisarem recorrer a antivirais”, destaca Ana Cristina Batalha. 
Há riscos em amamentar com coronavírus?
Outra dúvida recorrente entre mães e gestantes é se há risco em amamentar em caso de suspeita de infecção por coronavírus. O vírus não é transmitido pelo leite materno. Mas ainda, assim, por conta do contato, é preciso tomar muito cuidado, usar máscaras e fazer a higienização adequada das mãos, durante a amamentação, para proteger o bebê. “Em mulheres muito sintomáticas, pode retirar o leite com a bomba e o leite ser oferecido ao bebê por uma pessoa saudável”, recomenda Ticiana Cabral. 
Atenção redobrada com a imunidade
É fundamental as grávidas seguirem atentamente as recomendações da OMS e dos órgãos responsáveis neste período. O cuidado permanece para as mulheres que estão desejando engravidar e a indicação é tentar manter a imunidade alta, além das orientações de cuidados com a higiene pessoal a fim de se prevenir da doença. “O problema pode aparecer se a mulher está com o sistema imunológico enfraquecido, seja por alterações hormonais ou por outros fatores, o que pode agravar os sintomas caso contraia a doença”, alerta Ana Cristina Batalha.

Funcionamento da EMEG
Durante todo esse período de alerta e pensando na saúde e segurança, tanto das pacientes como da equipe, a EMEG suspendeu os atendimentos, mantendo somente as consultas presenciais em caso emergenciais e utilizando a telemedicina – atendimento de forma remota - nos demais atendimentos. A equipe continuará acompanhando as atualizações sobre a pandemia para retornar às atividades normais no momento oportuno.

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