30/06/2020

Estudante cria ferramenta para intermediação de serviços para o setor cultural


O projeto, que foi selecionado para participar do programa de aceleração de startups do Founder Institute, é fruto do projeto de conclusão do curso de pós-graduação em Mídias Sociais da relações públicas, Samia Trindade


A relações públicas, atriz e empreendedora Samia Trindade, idealizadora projeto LinkCult (Foto: Divulgação)

Uma plataforma para ajudar produtores culturais e artistas a organizar os projetos e portfólios, além de criar conexões para toda a cadeia produtiva no mercado cultural. Esse é o objetivo da LinkCult, desenvolvida pela relações públicas, atriz e empreendedora Samia Trindade, inicialmente como projeto de conclusão do curso de pós-graduação em Mídias Sociais da Unijorge. O projeto baiano foi um dos selecionados para participar do programa de aceleração de startups do Founder Institute, iniciativa norte-americana que já beneficiou mais de 4,3 mil empresas em mais de 185 cidades e seis continentes. “Três meses depois de muito trabalho e dedicação, graduamos neste mês de junho com a empresa aberta e a ideia consolidada”, afirma a autora do projeto, Samia Trindade.

O projeto será apresentado nesta terça-feira (dia 30), no DemoDay, dia em que empreendedores ou startups têm a oportunidade de apresentar seu negócio para especialistas e possíveis financiadores, como Cristiana Arcangeli, CEO da BeautyIn e apresentadora do programa Shark Tank Brasil. “Participar do DemoDay é uma grande oportunidade de apresentar a LinkCult para todo o Brasil, além de obter o feedback de empreendedores especializados. Ter acesso a mentores e feedbacks é sempre muito engrandecedor. Nesses momentos sempre ficamos atentos e vamos em busca das melhorias indicadas”, ressalta Samia.

Formada em Relações Públicas há 10 anos, Samia explica que, ao começar o curso de pós-graduação em Mídias Sociais, tinha em mente que era a oportunidade de empreender unindo as áreas de comunicação, cultura e tecnologia. “Além de entregar uma solução para a cultura, colaborando assim com um mercado que possui um grande poder de transformação na vida das pessoas”.

Apesar de ter sido um dos mais afetados com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a cultura movimenta cerca de 68 setores da economia brasileira e empregava cerca de 5 milhões de pessoas no país. Segundo dados da Secretaria da Economia Criativa do extinto Ministério da Cultura (Minc), junto com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a cultura é responsável por movimentar quase R$ 170 milhões, equivalente a 2,5% do PIB nacional no ano de 2018. 

A plataforma do LinkCult ainda está em fase de teste no site www.linkcult.com. O lançamento de um produto comercial deve ocorrer em agosto de 2020. “Começamos com a ferramenta de construção de portfólios, cursos de capacitação e vamos evoluir para a plataforma de gestão. Também pretendemos crescer a equipe e ter acesso a uma rodada de investimento”, ressalta Samia, que tem nesta empreitada a colaboração dos amigos Bianca Rocha, Irailson Fateicha e Rafaela Queiroz.

O coordenador do curso de especialização em Mídias Sociais da Unijorge e orientador do projeto, Heitor Marback, explica que o LinkCult atua em duas frentes profissionais. “Uma ligada às artes e outra na área de gestão de mídias sociais. Ela identificou um segmento de mercado ainda inexplorado e traz no seu projeto uma proposta de concentrar em uma plataforma players da área de entretenimento, arte e cultura”, ressalta Marback. “Foi com muita satisfação que recebeu a notícia de que a LinkCult foi graduado pela Founder Institute e vai ganhar o mundo. Esse é o nosso objetivo maior, preparar nossos alunos e estimulá-los a enfrentar os novos desafios do mercado”, lembra Raquel Leone, coordenadora de pós-graduação da Unijorge.

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