22/03/2010

Fábio Tavares e sua paixão - O teatro



Mini Bio Fábio Tavares: Começou a trabalhar com Teatro em 1989, de forma amadora, com uma peça criada por professora de um colégio em que estudava. Essa peça foi transmitida pela TV e um diretor viu a peça pela TV e o chamou para integrar o elenco de um Infantil.

Ficou com esse grupo até 1993 quando começou a fazer vários cursos de Teatro, até que, em 1995 fez sua primeira peça, o nome da peça do colégio era "O Jardineiro" onde representava o próprio. O nome da segunda peça era "Onde Moras".

A primeira peça que fez em circuito comercial se chamava “Cavaleiros da Fé” e fez mais duas peças até que em 1997 deu um tempo para estudar e se dedicar a outras coisas até que em 2000 voltou a fazer Teatro, porém, apenas produzindo e fazendo parte da Técnica junto com pequenos grupos que estavam iniciando naquela época também, esse período durou até 2004 quando passou a produzir Shows.

Nessa época Fábio fez operação de som, operador de luz, divulgação, captação e ficou um pouco afastado do meio Teatral até que no inicio de 2009 criou o Curso de Teatro Ensaio do qual nasceu a Companhia Teatral “Terra Brasilis” com a qual desenvolve um trabalho de pesquisa dos fundamentos do Teatral brasileiro e da força do ator.


1 – Como você começou a se interessar pelo teatro?

No banheiro cantando aos berros e imitando outros artistas ou chorando para pedir para mamar quando ainda tinha meses de vida (isso é um teatrinho que fazemos para comover nossas mães), brincando com meus brinquedos na infância (acreditando que um boneco de plástico era gente) e nessa mesma infância subi no palco de um clube sem a menor consciência do que estava fazendo fui aplaudido e nunca mais sai de lá, só troquei de função.

2- Quais seus projetos? Seus planos pro futuro? Existe perspectiva em fazer um espetáculo a cada ano? Me fale um pouco sobre seu novo espetáculo “Escombros!”.

Meu projeto é tocar a Companhia Teatral “Terra Brasilis” para frente com a montagem do Texto Escombros que fala sobre o verdadeiro valor do amor na vida das pessoas através das angústias de uma atriz que desconhece por completo os valores éticos e morais e paga um preço caro por isso, a solidão. Enfim, pretendo dar continuidade aos Cursos de Teatro com o qual sempre monto uma Temporada de apresentações ao final com os alunos que participam, e com essas temporadas procuro justamente a proliferação de Companhias de Teatro que tenham uma base de seriedade e pesquisa em seus trabalhos, como eram as Companhias de antigamente.

3 – Qual a relação do teatro com o povo baiano?

Olha, o publico de Salvador está muito acostumado com a comédia. A comédia atrai um bom publico no sentido da quantidade e isso do ponto de vista mercadológico é maravilhoso. Mas não devemos subestimar o alcance da arte e a arte não é só o riso fácil, nem o publico é burro. Existem outros sentimentos a serem extraídos e expostos, então nos meus trabalhos sempre procuro fazer uma mistura de estilos e oferecer ao publico um pouco de cada coisa... Drama, Comédia, Tragédia, enfim...ARTE!

4- Você acha que Salvador é uma boa cidade para realizar arte? O baiano tem o costume de ir ao teatro?

O público baiano gosta de Teatro e frequenta, o que falta é uma maior dedicação e interesse da imprensa local por grupos e pessoas que estão começando para que o público possa valorizar e contemplar o trabalho dessas pessoas e não só de espetáculos que vem do Sul do país. O meu maior intuito com esses cursos é exatamente esse: Fazer, cada vez mais, que surjam Grupos de Teatro como esta acontecendo com a CTTB que nasceu a partir do Curso realizado no ano passado na Sala de Ensaios do TCA e fortalecer essa corrente do Teatro aqui em Salvador.


5 – Qual é sua inspiração ao fazer uma peça? Quem são as pessoas que te influenciaram a ser o que você se tornou hoje? Você tem ídolos, se sim, quem?

A inspiração vem do cotidiano mesmo, das pessoas que estão ao meu redor e que fazem parte da minha vida, essas são as mesmas pessoas que me inspiram e influenciam para montar meu trabalho.

6- Existe alguém com quem você gostaria de trabalhar em conjunto?

As pessoas com as quais eu gostaria de trabalhar já estão mortas há pelos menos 200 anos(risos). Eu gosto muito de parcerias, mas não tem ninguém em especial no momento.

7- Por quê você escolheu esse nome para a peça?

Porque a partir dos escombros podemos reconstruir as nossas vidas. Sabe aquela coisa de colocar a casa no chão e construir uma novinha em folha? É exatamente isso que as personagens de Escombros fazem, reconstroem suas vidas quando descobrem que o amor é a base de tudo.


8- É muito difícil montar uma peça, especialmente na Bahia?

Em todos os aspectos! É um parto em que o filho sai pela boca, mas com toda dificuldade ele é parido e nós como bons pais que somos, o amamos mesmo assim.


Estefano Diaz
redação@salvadorupdate.com
estefanodiaz@salvadorupdate.com

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