17/01/2011

Caetano Dias representa o Brasil em feira de arte internacional em Los Angeles

Representando a Bahia, o artista plástico Caetano Dias mostra a vídeo-arte “O Mundo de Janiele”, no Sister Cities Annual Art Show. O Artista viajou com apoio da Secretaria de Cultura do Estado, Ministério das Relações Exteriores e Galeria Paulo Darzé.

“O Mundo de Janiele”, vídeo-arte de Caetano Dias será apresentado no “Los Angeles Art Show", maior evento de artes de Los Angeles, que acontece de 16 a 23 de janeiro de 2011, em South Park, em Los Angeles.

O artista viajou através de parceria entre o Ministério das Relações Exteriores, Secretaria de Cultura do Estado da Bahia – SecultBA e a Galeria Paulo Darzé.

“Essa é uma oportunidade imensa para um artista baiano poder expor em um espaço como este. A Galeria Paulo Darzé tem um papel fundamental nessa exposição porque a participação do artista só é confirmada com a representação de uma galeria.

Dos diversos nomes que encaminhamos para Los Angeles, Caetano Dias foi o escolhido”, afirma a assessora chefe de relações internacionais da SecultBA, Monique Badaró.

“Minha participação do Los Angeles Art Show é especial, pois apresentarei a obra ´O Mundo de Janiele´ em uma mostra internacional em que artistas, galeristas, críticos e curadores internacionais estarão confluindo com e para a arte contemporânea.

Será mais uma boa oportunidade para apresentar um pouco da produção da arte baiana atual, e para mim, em especial, é uma honra estar representando a Bahia”, afirma Caetano Dias.

Los Angeles Art Show

A Los Angeles Art Show é uma das mais importantes feiras de arte da Costa Oeste dos Estados Unidos atraindo mais de 35 mil visitantes durante o evento.

“A participação de Caetano Dias no L.A Art Show se faz presente dentro do programa Sister Cities Annual Art Show que é um programa de cidades irmãs. Salvador é uma das diversas cidades irmãs de Los Angeles.

Por isso que um artista da terra foi selecionado para participar da exposição”, explica Badaró.

O L.A Art Show foi criada em 1995 e é uma feira de artes organizada pela Associação de Marchand de Arte de Los Angeles, que tem como objetivo fomentar o setor artístico da região.

Uma das principais propostas é fortalecer a economia das galerias de arte, já que para os marchands, as galerias são pontos de passagem de arquitetos e decoradores que incluem em seus projetos, a obra de arte como um produto importante do designer interior.

Em 2009 mais de 110 galerias de todo o mundo participaram do evento, vendendo importantes nomes da arte mundial como Charles Partridge Adams, Jasper Johns, Robert Motherwell, Rembrandt, Ed Ruscha, Julian Schnabel e Emerson Woelffer.

Este ano o Los Angeles Art Show receberá mais de cem galerias de países como Brasil, China, França, Rússia e Alemanha e exibirá trabalhos artísticos de diferentes gêneros como instalação, pintura, desenho, escultura, fotografia ou vídeo.

Caetano Dias é o único representante do Brasil. Na programação, prevê-se espaço dedicado a artistas das "cidades-irmãs" de Los Angeles, como é o caso de Salvador.

Sobre Caetano Dias

A historiadora e crítica de artes visuais Daniela Bousso define que a obra de Caetano Dias deve ser analisada a partir de um prisma sociopolítico. “A ótica deste artista é parâmetro de entendimento da constante tensão entre mecanismos de poder e técnicas de resistência, e tem no centro de sua poética o corpo.

A complexidade na obra de Dias resulta de uma produção feita a partir de operações com diferentes meios, que vêm da escultura e da pintura propriamente ditas, passam por ações e intervenções na escala urbana, e desembocam na fotografia, no vídeo e no filme, além das ações e das intervenções na rede internet que geram sites e obras interativas.”

“O devir é presença marcante na obra de Caetano Dias, particularmente no vídeo “O mundo de Janiele”. Aqui, uma menina/adolescente, presente no alto de um prédio no meio de uma favela, faz girar indefinidamente um bambolê.

Apesar de inserida num tempo e espaço adversos, e de ser símbolo de uma situação opressora, Janiele mantém o movimento que, delicado, é quase que o motor do mundo.

A música, verdadeiro ritornello que acalma e consola, reitera o movimento indefinido e a inocência como arma, numa atitude marcadamente política, no sentido de que o amor ao mundo nos faz optar pela oportunidade de impedir sua ruína.", explica a diretora do Museu de Arte Moderna da Bahia, Stella Carrozzo.

Entre as galerias que já receberam exposições individuais do artista estão: Marilia Razuk Galeria de Arte em São Paulo; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Paço das Artes, São Paulo; Museu de Arte Moderna de Salvador; Paulo Darzé Galeria de Arte, Salvador; Galeria de arte Rubem Valentim em Brasília e Casa de Las Américas, Havana.

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