17/10/2011

Primeira edição da Flica reúne mais de 4 mil pessoas

De acordo com a organização dafesta, já está confirmada a Flica 2012, podendo acontecer, novamente, no mês de outubro.

A primeira edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), realizada no Conjunto do Carmo (Praça da Aclamação, Cachoeira – Bahia), entre 11 e 16 de outubro, foi um sucesso.

Em seis dias de evento, escritores, historiadores, jornalistas e estudiosos discutiram os mais diversos gêneros etemas da literatura, junto com uma plateia atenta e participativa. Ao todo, 4.420 pessoas, distribuídas em 16 mesas de debate, participaram da festa no Recôncavo Baiano.

Tantos números assim servem para justificar a boa notícia: já está confirmada a Flica 2012, podendo ser, novamente, no mês de outubro. Se depender dos organizadores, não haverá descanso para alcançar objetivos ainda mais ousados.

"A idéia é começar a trabalhar na próxima edição já nesta semana. Queremos aperfeiçoar o modelo, sabendo que não pode se mexer muito, afinal deu certo o modelo previsto", pontua o curador Aurélio Schommer.

Naopinião dele, a participação do público foi boa, mas sempre pode melhorar. “Às vezes, há uma pressão para que se abra o microfone, o que não tem funcionado na prática. É preciso chegar a um acordo. Teremos um ano para trabalhar um acordocom o público, porque não é possível que nós façamos da abertura de microfone ao público uma Flica paralela”, destaca o curador, lembrando ainda da importância de saber lidar com a discussão: “eu tenho um grande agradecimentoao público da mesa de sexta-feira (14) à noite, [Contexto racial nas Américas],porque era uma mesa muito polêmica, esperávamos problemas com o público, talvez, e o público soube respeitar o debate".

Para Schommer, a Flica superou expectativas: “na mesa de sábado à noite (15), porexemplo, [Linguagens e Geografias], quando nós tivemos um debate literário deum nível que eu não me lembro de ter ouvido em lugar algum. Teve a mediação de Rosel Soares, que também participou, foi um mediador ativo, mas com aparticipação do Hélio Pólvora, um decano da Bahia, e Pedro Mexia, que talvez seja uma das maiores revelações da Flica em termos de conteúdo que trouxe para Cachoeira.

Então, essa mesa simboliza para a Flica o compromisso de reforçar asmesas que enfocam a literatura enquanto arte literária, enquanto narrativa".

Programação Paralela

Organizadae coordenada pela Fundação Pedro Calmon, com apoio do Pouso da Palavra deCachoeira – um espaço cultural que integra arte, cultura e comunicação -, aprogramação paralela ofereceu, durante todo o período da Flica, oficinas decontação de histórias, recitais de poesia, sessões de autógrafo, mesas de debate, entre outras atividades. Na ocasião, crianças e adolescentes também puderam participar das atividades, especialmente no dia 12 de outubro, data em que é comemorado o Dia das Crianças.

Atrações musicais

Alémda programação literária, a Flica contou com uma atraente programação musical, quelevou visitantes e nativos a dançarem ao som de estilos que iam do jazz aoritmo das percussões, passando pelo samba e também pelo semba (ritmo originário de Angola, que deu origem ao samba no Brasil).

Participaram dessa festa a Orkestra Rumpilezz, BaianaSystem, Magary, Samba de Roda Suerdieck, Percussivo Mundo Novoe Clécia Queiroz.

A Flica 2011 teve patrocínio da Oi e Governo do Estado da Bahia através do Fazcultura,Bahiatursa, Secretaria do Turismo, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

A realização é da Putzgrillo! Cultura, com apoio do Oi Futuro,Secretaria da Educação, Fundação Pedro Calmon e Rede Bahia, além do apoioinstitucional da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e daPrefeitura Municipal de Cachoeira.

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