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22/02/2012
Jorge Amado e Luiz Gonzaga são homenageados naúltima noite temática no Carnaval do Pelô
Último dia da folia no Pelourinho já deixa saudade e a festa momesca se consolida como o carnaval da diversidade cultural da Bahia.
“Eu tô aqui numa expectativa muito grande. É uma honra homenagear o mestre Gonzaga”, declarou Bule-Bule antes de dar início, junto ao antigo parceiro Gereba e os músicos Cicinho de Assis e Márcia Short ao último show do palco principal neste carnaval 2012, no Largo do Pelourinho, nesta terça-feira (21).
A última noite da folia carnavalesca foi dedicada ao escritor Jorge Amado e Luiz Gonzaga, no show intitulado de Amado Gonzaga.
Quem abriu o espetáculo foi Gereba, que agradeceu a oportunidade de comemorar “em grande estilo o centenário de duas figuras de imensa importância”, e embalou os foliões com sucessos como Asa Branca e outros sucessos do Rei do Baião. O cantor, que temmais de 20 discos gravados ao longo de sua carreira, tocou com sua banda “Quebra Gereba”, batizada por Jorge Amado na década de 70, durante gravação da trilha da peça teatral Quincas Berro d’Água, no Teatro Castro Alves.
Logo depois foi a vez de Márcia Short subir ao palco e render suas homenagens, com uma belíssima sequência musical que não deixou ninguém parado: Modinha para Gabriela, Alegre Menina e Tieta, relembrando algumas das inúmeras personagens do escritor mais amadoda Bahia. E foi entoando os versos de seu mais novo cordel, “Nós, As Luas deGonzaga”, que o poeta, cantador, repentista e cordelista, Bule-Bule, iniciou sua apresentação.
“Em qualquer lugar do mundo / Conhece isso quem leu / De cem em cem anos nasce / Um gênio para o povo seu / Mas como Luiz Gonzaga / Até hoje não nasceu”. Com seus mais de 40 anos de carreira, Bule-Bule traz na bagagem mais de 80 cordéis de sua autoria, além de quatro livros, oito CD’s e milhares de apresentações dentro e fora do país.
Quem também fez o público dançar na noite desta terça-feira de carnaval foi Cicinho, acompanhado de seu acordeon e das filhas Julia e Gabriele, que acompanharam o pai cantando sucessos como “Que nem Jiló”, do grande Gonzagão. E logo depois do show em homenagem a Amado e Gonzaga, o Largo do Pelourinho foi palco para o som da banda Lateral Elétrica, muito querida do mestre Brown e conhecida entre o público como aquela que mantém vivo um jeito ímpar de tocar percussão e fazer carnaval, misturando acordes de guitarra com batucadas ritmadas.
No Carnaval da diversidade, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA)através do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), o Largo do Pelourinho foi palco nestes seis dias de noites temáticas para diversos artistas em homenagens à guitarra baiana, ao samba, à percussão, ao mestre Riachão e ao forró.
O Carnaval do Pelourinho é uma realização da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) através do Centro de Estudos Populares e Identitárias (CCPI) e conta com o patrocínio do Banco do Brasil e do Governo Federal.
Secretario de Turismo
Em visita ao Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), o Secretário Estadual de Turismo, Domingos Leonelli, parabenizou a ousadia da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) em inserir ritmos como o forró durante o Carnaval. “As noites temáticas do Pelourinho foram uma experimentação, uma benéfica ousadia cultural”, disse o Secretário.
Leonelli ainda falou dos resultados positivos do Carnaval. “Ganhamos de dez a zero. Foi uma vitória do povo e da alegria da Bahia” comemorou Leonelli. “Por conta da greve, tivemos uma redução de 10% em número de visitantes esperados para o Carnaval. Já no sábado, houve uma procura de 13%, ou seja, igualamos os números ao resultado do ano passado.
Outros palcos
Além da grande movimentação no Largo do Pelourinho, em outros largos e ruas o movimento também foi intenso. NoLargo Tereza Batista, o rock do Mensageiros do Vento agitou o público presente que se encantou com a mistura sonora e visual da banda. Eles trouxeram um repertório de resgate de canções dos anos 80.
O maestro Reginaldo de Xangô fezos foliões do Largo Pedro Archanjo reviverem os velhos carnavais. Chorinho e samba também se fizeram presentes na última noite de Carnaval. A banda Cama Voz fez uma releitura de muitas músicas conhecidas do grande público. E na Praça das Artes, Léo Bazico fez um show de reggae empolgante conduzindo o público numa mistura de sonoridades.
Mas essa mistura de ritmos e sons não parou! Após a meia-noite, a banda de rock Radiola, se apresentou no Largo Tereza, no Largo Pedro Archanjo, a Banda Mahatma ditou a trilha sonora da noite no Largo Pedro Archanjo e o reggae da Folha de Chá fechou a noite na Praca das Artes.
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