Fotos: Zeza Maria.
"Eu gostei de ajudar o palhaço e de aparecer!" Assim a entusiasmada Mariana Ferreira, de 8 anos, sintetizou os seus cinco minutos de fama no Circo de Um Homem Só. Espetáculo apresentado ontem à noite (25/06) gratuitamente no Vão do Teatro Castro Alves às 18h30, como parte do Projeto Cultura em Campo. Cerca de 100 pessoas assistiram à performance do palhaço Tiziu, que realizou uma apresentação encarnando diversas atrações circenses. Oclown arma o circo, interpreta o apresentador, o mágico e o malabarista, além da bandinha. E Tiziu interage o tempo todo com a plateia infantil, o que dá um tom cômico ao show.
O espetáculo foi idealizado em 2001 pelo ator e diretor teatral João Lima (que dirigiu O Sapato de Meu Tio). Desde então, O Circo de Um Homem Só vem sendo apresentado em festas, nas ruas, nas praças e nos palcos da Bahia e de diversos estados. Entre eles, Mato Grosso, onde foi mostrado numa aldeia. "É o pretexto que descobri para oferecer às pessoas minutos de ludicidade e magia, porque, sem eles, qualquer um pira!"
Siré Obá
Entre as vinte e cinco propostas de circo, dança e teatro programados até o dia próximo dia 29 — no entorno ou em espaços internos do Teatro Castro Alves — o segundo show do Projeto Cultura em Campo de ontem à noite aconteceu na Sala do Coro, às 20 h: Siré Obá - A Festa do Rei do Núcleo Afrobrasileiro de Teatro de Alagoinhas que, pela segunda vez este ano, apresentou o espetáculo em Salvador. O show inspirou-se nos orikis (poesia em exaltação aos orixás). Usou teatro, dança afro e música para mostrar a beleza e a filosofia do culto às divindades africanas.
Os espectadores acompanharam atentos à sequência das músicas cantadas e tocadas para os orixás nos rituais do candomblé e às celebrações dos feitos dessas divindades. Desde o início da temporada em 2009, o grupo de Alagoinhas recebeu três indicações ao Prêmio Braskem de Teatro: Melhor Espetáculo, Revelação (para a então estreante diretora, Fernanda Júlia) e Especial (pela direção musical de Jarbas Bittencourt), categoria da qual saiu vencedor. Já realizou apresentações na Bahia, São Paulo e Paraná.
"Prevíamos um bom público, mas não esperávamos lotar com 200 pessoas. Estamos satisfeitos com a divulgação feita. Muita gente interessada na proposta de Siré Obá de desmitificar combater a intolerância, unido religião e arte", comentou Viviane Guaranis, da Mil Produções.
LEMBRETE
Vale lembrar que os divertidos e educativos espetáculos da Programação Baiana de Circo, Dança e Teatro nos espaços do TCA do Projeto Cultura em Campo da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) são gratuitos. O intuito da Secretaria de Cultura do Estado é fazer com que na temporada das Copas das Confederações o máximo de baianos, turistas e jornalistas tenham acesso total ao mundo de magia e sonhos proporcionado pelo teatro.
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