A hipertensão arterial é uma das principais causas de morte no mundo, com 9,4 milhões de mortes por ano, segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde. No Brasil, a hipertensão arterial atinge 30% da população adulta. Mais de 50% das pessoas na terceira idade apresentam a doença e 5% das crianças e adolescentes são hipertensas, de acordo com estimativas da Sociedade Brasileira de Hipertensão - SBH. A obesidade é um dos principais fatores de risco de hipertensão. Isso porque o aumento dos níveis da pressão arterial está diretamente relacionado ao excesso de peso corporal e pode favorecer uma série de outras doenças.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica - SBCBM, 50% da população com obesidade apresenta quadro de hipertensão e cerca de 20% da população brasileira é hipertensa, caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. “São diversos os fatores que influenciam no processo de desencadeamento da doença, como o sedentarismo, grande consumo de alimentos ricos em sal e açúcar, níveis altos de colesterol, estresse, entre outros. Em pacientes com obesidade associada, estudos demonstram que a cirurgia bariátrica traz resultados significativos na diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca”, conta o Dr. Marcus Lima, médico especialista em Cirurgia Bariátrica eVideolaparoscopia.
Também chamada de pressão alta, o quadro de hipertensão é caracterizado quando a pressão arterial se apresenta igual ou maior que 140 x 90 mmHg, de acordo com a SBH. Nessa condição, as artérias sofrem alterações, perdendo a capacidade de contrair e dilatar de maneira adequada. Pode ocorrer um aumento do volume sanguíneo, exigindo uma velocidade maior para circular. “Ao bater, o coração contrai e bombeia sangue pelas artérias para todo o corpo. Esta força cria uma pressão sobre as artérias, chamada de pressão arterial sistólica, com valor normal de 120 mmHg - milímetro de mercúrio, a partir de 140 mmHg é considerada hipertensão. A pressão arterial diastólica indica a pressão nas artérias entre uma batida e outra, quando o coração está em repouso, com número normal igual ou inferior a 80 mmHg, sendo que igual ou superior a 90 mmHg é considerada hipertensão. A pressão alta afeta, dentre outros órgãos, o coração, os rins e o cérebro”, explica o Dr. Marcus Lima.
A obesidade aumenta o risco de hipertensão, pois propicia o excesso de gordura e açúcar no sangue, como os triglicerídeos e o colesterol, aumentando assim os níveis da pressão arterial, além do risco de diabetes e doenças coronárias. “Com a redução do índice de massa corpórea é possível alcançar a redução da circunferência abdominal e dos níveis de colesterol ruim (LDL), além de verificar o aumento do bom colesterol (HDL), que evita o acúmulo do colesterol nas artérias. Para controlar a doença, o cuidado com o peso, através da alimentação e atividade física, é de extrema importância”, orienta o Dr. Marcus Lima
Sobre o Dr. Marcus Lima
Médico cirurgião, o Dr. Marcus Lima é especializado em videolaparoscopia. Coordena o serviço de vídeocirurgia do Centro Médico Urológico, em Irecê (BA), cidade onde também atua como médico cirurgião do Hospital AMI. Na capital baiana, integra a equipe de cirurgiões da clínica BAROS e, em Lauro de Freitas, da Gastrocentro. É também professor de anatomia e clínica cirúrgica, do curso de medicina da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Salvador - FTC.
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