Show com participação de músicos e bandas da cena baiana pode acontecer em loja, residência e outros locais inusitados
Sofar Sounds Salvador - Foto: Helder Novaes
Sabe
aqueles recados tipo “missão secreta”, em que no final do texto vem a
informação: “Essa mensagem se autodestruirá em ‘x’ segundos”?.
Pois bem, um show musical vai ser realizado em Salvador no próximo dia
24. As atrações, local e horário somente serão divulgados poucos
momentos antes. Essa é a proposta do Sofar Souds, movimento musical
surgido em Londres, há nove anos, realiza sua terceira
edição na capital baiana, através do apoio do Fundo de Cultura da Bahia
(Secretarias da Cultura e da Fazenda), via Edital Setorial de Música
2016.
O
evento já marcou presença em 35 países e mantém a característica de
guardar em segredo as informações sobre o show que tem vagas
limitadas, máximo de 120 pessoas, podendo acontecer em locais
inusitados, como a sala de uma residência, uma loja ou uma galeria. O
produtor executivo, Ricardo Rosa, da Ruffo, conta que em outras edições
participaram artistas como Cascadura, Sertanília, Ifá
Afrobeat, Adelmo Casé, Prince Addamo, Sandyalê, Du Txai, Adrea Martis e
O Pulo, entre outros artistas que estão se destacando na cena local,
mas também podendo aparecer novidades. São 3 a 5 músicos ou bandas que
se apresentam, sendo gravado um clipe de cada
artista que será divulgado na rede social do projeto, com visibilidade
mundial.
Os interessados têm que correr até a próxima sexta-feira (17) ao site do projeto (em inglês): https://www. sofarsounds.com/salvador e
seguir o roteiro de inscrição para garantir presença. Segundo Ricardo
Rosa, serão oito edições esse ano em Salvador e, claro, nenhuma delas
está programada, nem poderia ser divulgada. “O público faz a inscrição e
recebe a confirmação com a sugestão de contrapartida
de colaboração. Até 48 horas antes do evento é confirmado horário e
local das apresentações. É uma experiência musical interessante e o
objetivo é contemplar o resultado e fazer parte dele”.
O
público é convidado a participar dos eventos via internet e faz uma
contribuição voluntária recebendo em troca brindes como adesivos,
playlists em mp3, cds, vinis, ecobags, almofadas, camisetas entre
outros, de acordo com o valor da contribuição. “Essa foi a maneira
encontrada pelo projeto para diferenciar o Sofar de um show comum. Não
há venda de ingressos, nem bilheteria. O público é estimulado
ao consumo cultural, fugindo da relação comercial tradicional de um
evento de música em que se troca dinheiro por um ingresso. Este projeto
funciona à base de colaborações voluntárias”, explica o produtor.
Cada show tem duração de 25 minutos onde o publico é convidado a assistir às apresentações acomodados e em silêncio. Os artistas
são em sua quase totalidade novos nomes da cena local, bandas fora do circuito mainstream,
artistas independentes em início de carreira e buscando espaços para
tocar e público interessado em conhecer seus trabalhos.
Além das apresentações musicais, outras expressões da arte compõem o
clima: pode ser um artista visual pintando ao vivo, exposições,
performances entre os shows, um DJ, etc. Outras surpresas.
Sofar Sounds -
nasceu em Londres em 2009. Os amigos Rafe Offer e Dave Alexander
decidiram criar um evento em que a música fosse o foco e a principal
razão para reunir pessoas. Juntaram a isso um intrigante e estimulante
fator: o segredo. Cada evento do Sofar Sounds é único.
Primeiro, é itinerante: cada evento acontece em um lugar diferente,
preferencialmente lugares inusitados como uma galeria, a sala de estar
de alguém, ou um deck de piscina. Segundo, porque cada evento tem
endereço e atrações secretas: os interessados se inscrevem
para participar de um evento sem saber onde acontecerá e quais artistas
se apresentarão.
O
projeto se desenvolveu e hoje acontece em mais de 35 países, se
tornando assim a maior plataforma de música independente do mundo.
O Sofar Sounds chegou ao Brasil em 2012 trazido pelo músico e produtor
cultural Fernando Remiggi e desde então vem contribuindo cada vez mais
para a difusão do cenário musical e artístico nas principais capitais do
país. O projeto está presente em Belém, Belo
Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de
Janeiro, Salvador e São Paulo. Em média o Sofar Sounds Brasil realiza 4
eventos por mês, apresentando de 12 a 20 artistas, a um público médio de
120 pessoas por evento. Em Salvador o projeto
teve início em Agosto de2014 e realiza edições mensais.
O
Sofar Sounds Brasil já aconteceu nas principais capitais Brasileiras
atingindo um público de 4,5 mil pessoas que passaram pelos
eventos, com a participação de mais de 200 artistas independentes de
todo o Brasil e fora dele também, sendo produzidos vídeos, fotos e
áudios de todos os eventos. Já foi realizado também um festival com a
presença de 700 pessoas, 50% do público conheceu o
projeto por informações de pessoas que já participaram de outras
edições.
Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) –
Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico e
culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias
Estaduais de Cultura e da Fazenda da Bahia. O mecanismo custeia, total
ou parcialmente, projetos estritamente culturais de
iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou
privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são,
preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado,
sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção
de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4
(quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros estados da
federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins
lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade
Artística e Cultural e Editais Setoriais. Para mais informações,
acesse: Mobilidade Artística e Cultural 2015.
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