Associação Bahia Down promove programação especial no mês de março em Salvador
Antônio
Augusto, Milla, Kamilly,Catarina, Bernardo, Samuel, Luisa, Isaac,
Mariana e Antônio foram as fofurices clicadas pelas lentes da fotógrafa
Cristiane Oliveira, no Parque da Cidade, no último domingo. O que eles
têm em comum? Além da graciosidade, essas crianças têm um cromossomo a
mais no par 21. A sessão de fotos abriu a programação especial para a
celebração do Dia Internacional da síndrome de Down, 21 de Março, e mais
interessante ainda que a origem da data, é a sua razão de existir. A
escolha do 21 de Março não é aleatória já que a síndrome de Down é uma
alteração genética no cromossomo “21”, que deveria ser formado por um
par, mas os indivíduos com a alteração têm “3” exemplares, por isso a
síndrome é denominada na literatura médica como Trissomia do Cromossomo
21. Oficialmente estabelecido em 2006, o objetivo da data é abrir espaço
para o tema, levar informação para a sociedade e diminuir o preconceito
que ainda cerca o que é diferente.
Para a
fotógrafa e idealizadora do ensaio, mãe de Ruan, de 5 anos, também com
síndrome de Down, o objetivo é compartilhar experiências por meio da
arte. “A ideia é reunir famílias utilizando a fotografia como
instrumento de aproximação para eternizar esses momentos. Fico muito
feliz de realizar esse trabalho e ajudar a combater o preconceito
levando alegria às famílias ”, declara.
Liege Araújo,
mãe de Samuel, de 9 meses, comenta sobre sua experiência. “A maternidade
já é um desafio prazeroso. Quando soube que Samuel teria síndrome de
Down tomei um choque, não por mim ou pela minha família, o que me
amedronta são as pessoas, as instituições, elas sim são preconceituosas,
cruéis e excludentes”, ressalta. Liege ainda enfatiza a importância de
discutir sobre o tema. “ A luta pela inclusão é constante, mas neste dia
podemos chamar atenção para nossa causa e razão de viver. Fazer as
fotos me encheu de orgulho, quero mostrar para o mundo que meu filho é
capaz de fazer o que quiser”, diz.
Carla Beraldo,
mãe de Felipe, 1 ano e 10 meses, evidencia que cada ser humano é único e
carrega consigo habilidades e inaptidões a serem trabalhadas. “ É
válido ressaltar que cada pessoa com síndrome de Down também tem gostos
específicos, personalidade própria, habilidades e vocações distintas
entre si, assim como qualquer outro indivíduo. Por isso, é importante
evitar rótulos. Eles não são esclarecedores e só geram desinformação e o
Dia Internacional da síndrome de Down é uma oportunidade de promover
informação para a sociedade”, comenta.
As atividades
são promovidas pela Associação de Pais Bahia Down, com participações em
programas de rádio e TV, rodas de conversas e encontros para toda a
família. No próximo sábado, dia 18, a partir das 14 horas haverá Feira
de Troca de Brinquedos e Livros na Praça de Leitura do Parque da Cidade.
Participe conosco dessa luta! Em uma sociedade inclusiva, todos ganham!
O que é síndrome de Down
A
síndrome de Down não é doença. A alteração genética é causada pela
presença de três cromossomos no par 21 e pode ocorrer em todas ou na
maior parte das células de um indivíduo. Ou seja, as pessoas com
síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em
suas células em vez de 46, como a maior parte da população. As crianças,
os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas
características semelhantes e estar sujeitos a algumas patologias, mas
apresentam personalidades e características diferentes e únicas, como
qualquer ser humano.
O
diagnóstico genético carrega consigo algumas especificidades, como, por
exemplo, a cardiopatia (problemas no coração), presente em
aproximadamente 50% dos casos; às vezes problemas de audição e/ou visão;
atraso no desenvolvimento intelectual e da fala, dentre alguns outros.
Mas são questões pontuais e de saúde, a serem detectadas e tratadas
medica e terapeuticamente, de maneira que não definem qualquer
prognóstico, ou seja, ninguém jamais pode prever até onde pode chegar o
desenvolvimento das pessoas com síndrome de Down – assim como das demais
pessoas.
“Portador” não! O termo correto é Pessoa
Durante
a convenção dos direitos das pessoas com deficiência, em 2007, os
presentes, inclusive pessoas com síndrome de Down, decidiram que o termo
"portador" é inadequado pois a pessoa não "porta" sua deficiência.
O
termo "portador de..." dava a ideia que a pessoa carregava um fardo
perante a sociedade devido à deficiência. Assim foi escolhido o termo "pessoa com" de forma a reafirmar a humanidade do deficiente. Usa-se pessoa com deficiência,
criança com deficiência, pessoa com síndrome de Down, crianças com
síndrome de Down, pessoa cega ou cego, pessoa surda ou surdo (para quem
não tem audição total), deficiente auditivo (para quem tem pouca
audição).
Serviço
Bahia Down
email: bahiadown2103@gmail.com
Obrigada pelo apoio. Essa é uma data muito especial, o dia 21 de março, dia Internacional da Síndrome de Down. Tenho muito orgulho desta nova geração, mostrando que são capazes de tudo, e a mídia está de parabéns exercendo o seu papel, levando informação à sociedade com responsabilidade.
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