30/04/2010

François Rousseau: Fotógrafo Genial


François Rousseau nasceu em 1967. Ele começou sua carreira de fotógrafo em 1995, após dez anos como pintor de arte. Numerosas revistas na Europa, nos E.U.A, Ásia, bem como as agências de publicidade encomendaram seu trabalho para campanhas como L'Oréal, a Ikea, American Express, Air France, Cartão Visa, Showtime e BNP Paribas.

Atualmente, Rousseau alterna entre comercial, moda, arte e fotografia. Seus próximos projetos incluem: Atelier, que vai expor na Maison Europénne de la Photographie, em Paris, no inverno de 2009 e também está trabalhando em um livro sobre dança, uma das suas paixões. Rousseau se divide entre Paris e Nova York.

Um dos temas mais importantes no mundo dos negócios globais é a história das nações "emergentes". Em uma economia global, lugares como China, Índia, Brasil, Rússia, Vietnã e Dubai, entre outros, o que fazemos afetam todos de uma forma que seria impensável não há muitos anos atrás. Não apenas em um sentido financeiro (embora o seu impacto não é significativo) - mas em um sentido cultural e social também. Um exemplo disso é o trabalho de François Rousseau no Amor Causa: bem-aventuranças Les Beatitudes.



Em dezembro de 2004, Paulo Pereira da Silva, presidente da Renova, considerou um projeto fotográfico baseado nas aventuras que Cristo pregou aos seus discípulos.
Na arte cristã, o bem-aventuranças havia sido descrito por dois mil anos, apenas por implicação: Jesus pregando o Sermão da Montanha, rodeada pelas doze discípulos.

A natureza da tarefa, a mensagem universal do livro sobre o tema do perdão, a pureza, o pacifismo, a pobreza e amor exigiu ser definido entre uma seção transversal da cultura moderna. Eu sabia que não seria perfeito visitar uma cidade com as relações raciais tão distintas.

E por causa da reputação do Rio de Janeiro com a violência, fiquei extremamente preocupado com o trabalho lá, fui advertido para não sair na rua carregando ou usar qualquer coisa que possa despertar a inveja. No entanto, tive a sensação de que, no caldeirão de raças que forma a identidade do brasileiro eu iria descobrir uma sociedade jovem com uma nova definição de nacionalidade. Falando com qualquer pessoa negra - homem ou mulher - nas favelas, eles falavam sobre seus problemas, a pobreza e o preconceito racial.



No entanto, a estrutura básica da sociedade brasileira e sua cultura miscigenada dão a impressão de um povo que vive totalmente a vontade com as diferenças. Se você tiver a chance, percorra os canais de TV brasileiros. Você vai descobrir em breve que se você admitir que existe um forte impacto midiático, é uma medida de integração, que nós temos algumas lições a aprender com o nosso próprio país.

O homem que pediu à François para fotografar as bem-aventuranças é profundamente religioso. Paulo Pereira da Silva admitiu que ficou muito comovido com os quadros de Rousseau, que os lembrou das pinturas da Descida da Cruz e a Crucificação.

O projeto Bem-aventuranças foi oferecido a Rousseau quando ele estava prestes a desenvolver um trabalho de natureza muito diferente, em Los Angeles, agora aqui ele estava sendo convidado a representar os valores humanistas, para refletir sobre a natureza do divino.

www.francoisrousseau.com
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Por Estefano Diaz

Jazz Mágico


O renomado pianista Fábio Torres tem seu CD autoral "Pra Esquecer das Coisas Úteis" recém-lançado no Sesc Avenida Paulista/SP em dezembro de 2009. O CD tem participações especiais de: Fabiana Cozza, Giana Viscardi, Luciana Alves, Tatiana Parra, Renato Braz, Teco Cardoso, Daniel D'Alcantara, Serginho Machado, Edu Ribeiro, Celso de Almeida, Heloísa Torres Meirelles, Rodrigo Y Castro, Marcus Teixeira, Paulo Paulelli, Vinícius Dorin, Chico Pinheiro e Zeli.

“"Pra esquecer das Coisas úteis" é um projeto da esfera pessoal. Essas canções foram compostas ao longo dos anos sem nenhum tipo de exigência externa. Nenhuma delas me foi encomendada, nenhuma fez parte de trilhas ou compilações e a grande maioria delas é inédita”, afirma Fábio.

A primeira foi feita há mais de dez anos e a última data de 2007, semanas antes de ter sido gravada. Apenas seus amigos mais próximos conhecem estas canções. Seu trabalho como músico, aquele do dia a dia, sempre mostrou o lado do instrumentista, mas nunca o permitiu apresentar o lado de compositor. Foi com intuito principal de preencher essa lacuna na sua carreira que ele se propôs, há dois anos, gravar este CD.

Após vasta colaboração, como pianista e arranjador, com cantores da MPB, destacando-se os CDs gravados e as turnês ao lado da cantora Rosa Passos, ele admite que é absolutamente contagiado pelo vírus da belíssima canção brasileira. Na mesma medida em que a excelência musical do jazz, da música erudita e da música instrumental brasileira sempre foi o alvo de seus estudos.

De alguma maneira estes universos musicais se compatibilizam neste projeto. É um Cd composto de canções essenciais. Algumas de melodias desafiadoras aos ouvintes e aos intérpretes, é verdade, mas todas elas querendo nada mais ser do que canções brasileiras. Mesmo as que não possuem letra e se abrem a solos “jazzísticos”, possuem temas perfeitamente "assobiáveis".

“E, para interpretá-las, tive a enorme sorte de poder contar com os parceiros que souberam trazer o esmero musical de minhas mais altas referências. São os instrumentistas e os cantores que eu sonhei ouvir em cada uma das canções", completa Fábio.

Conheça Fábio Torres

Nascido em janeiro de 1971, Fábio Torres iniciou seus estudos de música logo aos cinco anos de idade. Após formar-se em piano erudito no conservatório, em 1990, ingressou no curso de Composição na Escola de Comunicações e Artes da USP. Nesta fase, paralelamente ao estudo da música eurdita, o músico lecionava piano, tocava em bandas de baile e casas noturnas, onde praticava a música popular.

Em 1992, aos 22 anos, formou a Banda Mistura e Manda, com a qual gravaria seu primeiro CD. No ano seguinte, venceu o Projeto Nascente –prêmio da Editora Abril destinado a revelar talentos na USP – na categoria Música Popular. A partir daí, passa a tocar e gravar com inúmeros artistas da MPB como: Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeom, Vânia Bastos, Eduardo Gudin, Heraldo do Monte.

Em 1996, foi ao exterior pela primeira vez, para tocar com a cantora Célia no Principado de Mônaco. À esta altura, sentindo a necessidade de realizar seus próprios projetos artísticos, iniciou um duo com o flautista Rodrigo y Castro. Em 1998, os dois chegam à final do "I Prêmio Visa de Música Instrumental", recebendo elogios da crítica e gravando o CD dedicado aos finalistas ao lado de Hamilton de Holanda e Nelson Veras.

Neste mesmo ano, participando do Projeto "Chorando Alto" ao lado de Hamilton, realizam um dos shows mais elogiados do festival que reuniu nomes como Egberto Gismonti e Herbie Man. Em 1999, passou a tocar com a cantora Rosa Passos. Parceria essa que resultaria em inúmeras turnês pelas Américas, Europa e Ásia e também vários CDs gravados. Com Rosa, tocaria em alguns dos maiores festivais de jazz do mundo como Umbria e Vitoria-Gasteiz.

No último CD lançado pela cantora, Romance (Telarc, 2008), Fábio assina boa parte dos arranjos e toca em todas as músicas. Sua participação rendeu elogios da crítica nacional e internacional. Paralelamente ao trabalho com Rosa, o músico tocou com Ivan Lins, Toninho Horta, João Donato, Roberto Menescal, Leila Pinheiro, Joyce, Fátima Guedes, Zizi Possi, Leny Andrade entre outros. Em 2000, iniciou outra parceria com o instrumentista e compositor Chico Pinheiro.

Além de shows pelo Brasil, Fábio toca nos quatro Cd's do guitarrista, tendo o último (lançado no Japão) participações da cantora Dianne Reeves e do saxofonista Bob Mintzer.
Em 2005 lança o CD "Corrente" ao lado de Paulo Paulelli e Edu Ribeiro. O Trio Corrente misturou samba, bossa, choro e jazz, criando um estilo inconfundível que recebeu elogios da crítica e de músicos de jazz renomados como Ron Carter.

Em 2008, lançou outro CD em trio junto a Celso de Almeida e Paulo Paulelli. Com este trabalho apresentaram-se no Festival de Jazz de Buenos Aires (Argentina - outubro/2008) e no Festival de Jazz de Barquisimeto (Venezuela - Novembro/2009) além de inúmeros shows no Brasil.

O ano de 2009 é marcado pelo lançamento de seu primeiro CD autoral, “Pra Esquecer das Coisas Úteis”.

A seguir, o trio tocou em inúmeros festivais de jazz no Brasil e também em 2009 realiza em parceria com o bar "Ao Vivo Music" o Projeto "Trio Corrente Convida" com Joyce, Hamilton de Holanda, Leila Pinheiro e Mônica Salmaso.

Em setembro de 2009, o grupo vai pela primeira vez à Europa, tocando em Clubes de Jazz sempre cheios e para um público ávido por ouvir o jazz brasileiro.

Em 2010, convidam o saxofonista cubano radicado em Nova Yorque, Paquito de Rivera, para dois concertos no Festival de Jazz de Guaramiranga.
Outros fatos marcantes da carreira:

- Viaja para a Escandinávia para se apresentar com a Orquestra Brasileira Escandinávia e tem sua participação elogiada pela crítica local. (Julho/2007)

- Grava o CD "Rio" do trompetista alemão Till Brönner (vencedor do Prêmio Echo), projeto que teve a participação de Milton Nascimento, Vanessa da Mata, Annie Lennox, Sergio Mendes, Luciana Souza, entre outros, e foi produzido pelo vencedor do Grammy, Larry Klein.(Maio/2008)

- Viaja ao Japão, com Fabiana Cozza e Marcel Powell, participar do "Tributo à Baden Powell" realizado pelo saxofoista japonês, Sadao Watanabe. (Dezembro/2008).


As músicas do "Pra esquecer das Coisas úteis"

“Não é acaso o álbum iniciar-se com a introdução de piano solo da Valsa "Lilyá". Esta foi a primeira canção com letra que fiz e foi uma enorme alegria saber que Fabiana Cozza iria gravá-la. Artista cada vez mais reconhecida, essa contralto de voz potente, íntima do samba, encarou com sutileza e classe a melodia sinuosa desta valsa quase erudita. Mais uma vez, obrigado Fabiana”, diz Torres.

A segunda faixa, "Legítima Defesa" é um samba-salsa swingado. Quem interpreta é a Luciana Alves, que pode aliar, com facilidade, a ironia das palavras à exigência técnica da melodia. Repare ainda os seus improvisos no fade out. Essa "cozinha", de sincronia perfeita, conta com Celso de Almeida (bateria), Paulo Paulelli e Marcus Teixeira. Há ainda o mestre saxofonista Vinícius Dorin, que sela a faixa com seus solos inconfundíveis.

A seguir, Tatiana Parra canta "Teu Nome", uma canção mais recente cuja melodia desafia o intérprete. Basta dizer que, após ela cantar do começo ao fim, pela primeira vez, a música estava pronta. Atente para a sonoridade do sax soprano de Teco Cardoso e para a bateria inovadora, cheia de timbres de rara sutileza de Edu Ribeiro.

A quarta faixa, "Sol do Inverno" é, talvez o momento mais intimista e reflexivo do CD. Renato Braz é daqueles intérpretes que se tornam co-autores da canção.

"Rosa", a quinta música, tem harmonias e melodias raras que necessitavam de uma voz que traduzisse a sensualidade da canção. Giana Viscardi, que já vai para seu terceiro CD, trouxe luz e clareza, em meio ao arranjo denso e elaborado. Destaque para as flautas do Teco, para as "levadas" de Edu Ribeiro e o baixo contrapontístico de Paulelli.

A sexta faixa, "Inefável", é a primeira música instrumental do CD. Trata-se de um trio de piano, flauta e violoncelo, absolutamente camerístico. Rodrigo y Castro (flauta) e Heloisa Torres Meirelles (cello) levam a canção aos limites da sutileza.

A seguir, ouve-se "Lívia", melodia simples tocada pelo sax sobre uma levada potente de baixo e bateria. Esta faixa mais “jazzística” abre espaço para os instrumentistas expandirem seus solos. Destaque para Chico Pinheiro, guitarrista e compositor que alça vôo em carreira internacional e marca aqui sua presença em solo arrebatador.

O oitavo tema dá nome ao Cd, "Pra esquecer das coisas úteis". A intérprete e autora da letra, Giana Viscardi, foi capaz de traduzir em palavras o "transbordamento" de sensações, sentimentos e pensamentos que essa melodia encerra.

"O Jardim", faixa nove, era outra destas canções com intervalos extremamente difíceis de precisar com a voz. Para cantá-la, era necessário alguém para quem aqueles intervalos fossem comuns e assim pudesse entoar as palavras como quem conta uma história. Luciana Alves sopra as palavras em nossos ouvidos e o técnico de gravação e mixagem, Cacá Akamine, teve a maestria de tornar tudo transparente.

Décima, "Janaína" é outra parceria com Giana Viscardi. Zeli, outro parceiro, autor de dois Cds próprios, toca seu baixo fretless absolutamente pessoal.

Outro tema instrumental, "Gentileza" é um choro canção camerístico, tocado aqui por Paulelli, Rodrigo y Castro e Marcus Teixeira (violão). Este último sola depois do piano e encanta pela sonoridade e verve melódica. .

"Marília" é a canção que Fábio fez na noite em que soube que seria pai. Chegou a fazer uma letra pra ela mas o vocalize de Luciana Alves juntando-se às flautas de Teco e Rodrigo diz muito mais. Solos de Chico e Teco além do piano dão o sabor “jazzístico”.

A décima-terceira faixa, "Noturno" é o único solo de piano do CD. Mistura de música erudita e jazz, reverência à Scriabin, Chopin e Keith Jarret.

"Samba de Almeida" é outro momento instrumental com destaque para Serginho Machado na bateria e Daniel DAlcântara no flugelhorn, instrumentistas top em São Paulo e no Brasil. Além deles, solam Paulelli e Vinícius Dorin.

"Epílogo", a faixa que encerra o CD, trata-se de um trecho de um solo de piano que faz parte do fade-out da faixa "Teu Nome". Quase um bônus.

www.myspace.com/fabiotorres

Produção/Contato:

Erika Breno | erikabreno@gmail.com | 55 11 9555 5579

Estefano Diaz
estefanodiaz@salvadorupdate.com

Arte por trás das Lentes



Valéria Simões graduou-se em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia, em 1994. Trabalha como fotógrafa desde o início dos anos 90. Já participou de diversas exposições individuais e coletivas em Salvador, Alagoas, Recife, Rio de Janeiro, Minas gerais, São Paulo, Brasília, Paris, Montreal, dentre outras.

Destacam-se entre os seus últimos trabalhos as exposições individuais Varre Estrada – Caixa Cultural Salvador, 2007; Lugar de Ausência – Museu de Arte Moderna da Bahia, 2009 e os Prêmios Aquisição na 9ª Bienal do Recôncavo, Centro Cultural Dannemann, 2008, e a seleção no Prêmio FCW de Arte, 2009, na categoria Ensaio Publicado.

Confira a entrevista exclusiva que ela deu para o blog Salvador Update:

1 – Como você começou a se interessar pela fotografia? Alguém te aconselhou que carreira seguir ou você já sabia o que gostaria de ser?

V: O meu interesse pela imagem vem desde o começo da adolescência, quando tive contato com a técnica da colagem. Foi pesquisando, selecionando e arrumando novamente fotografias de diversos autores impressas em revistas que comecei a aprender noções de composição, a harmonizar cores, brincar com os planos e até subverter a perspectiva. Mas esse aprendizado ficou latente, até que no 2º ano da faculdade de Artes Plásticas me veio o desejo de experimentar a fotografia como expressão artística – até esse momento nunca tinha tido nenhum tipo de máquina fotográfica e só tinha feito fotos com câmeras amadoras de parentes e amigos em situações de festas ou viagens.

Numa oportunidade, adquiri uma câmera Canon profissional com um jogo de lentes e, na urgência de desvendar aquele novo mundo, comprei 30 filmes em preto e branco, coloquei tudo numa bolsa e sai fotografando feito uma louca. O resultado foi um percentual enorme de fotos ruins. Havia problemas com o foco, erros de fotometria, enquadramentos mal feitos, mas também um ganho incomensurável: a descoberta de que era esse o universo que eu queria conquistar e a aprender a lidar com todos esses desafios. Seria essa então a maneira de me expressar como artista.

2- Quais seus projetos? Seus planos pro futuro? Existe perspectiva em fazer de sua arte um negócio?

V: Não consigo me imaginar sem a fotografia. À medida que a gente vai ganhando mais experiência, novas possibilidades de trabalho vão surgindo. Aulas, oficinas, palestras, curadorias, são muitas as formas de caminhar na fotografia. A mais importante de todas é continuar desenvolvendo os meus ensaios autorais e cada vez mais ir me firmando num mercado que está em formação e é muito competitivo. É sonho de qualquer artista viver da produção do seu trabalho e essa perspectiva para mim está mais perto do que longe.

3 – Pessoas, lugares, coisas, do que você prefere tirar fotos? Da onde vem sua inspiração?

V: Não tenho um alvo preferencial. Gosto sobretudo de me deixar envolver pela atmosfera da situação que se desvenda à minha frente. Boa parte das imagens que faço é colhida em saídas sem um roteiro pré-estabelecido. Gosto de caminhar pelas cidades
e lugares me permitindo o prazer da descoberta de personagens, cenas e poéticas. Em algumas dessas ocasiões nascem ensaios, exposições e outros tantos projetos que no decorrer do tempo vou aprofundado.

4- Você hoje se dedica mais à fotografia ou a ser professora?

V: Apesar de gostar muito, a atividade docente ainda é esporádica. Tenho me dedicado mais ao meu trabalho autoral. A vida de um trabalho não morre quando termina o período daquela exposição em determinado espaço. A minha última exposição “Lugar de Ausência”, no MAM em abril de 2009, por exemplo, continua dando frutos, e bons frutos, como a recente seleção no Prêmio de Fotografia Conrado Wessel.

5 – Quem são as pessoas que te influenciaram a ser o que você se tornou hoje? Você tem ídolos, se sim, quem?

V: Gosto muito de arte em geral. As influências vieram da própria fotografia (os clássicos, os fotojornalistas) e de muitas outras fontes: da arte moderna, do cinema, da literatura e ultimamente dos artistas contemporâneos. Eu citaria dois artistas de quem gosto muito, dentre tantos outros, que são Hirosuke Kitamura, fotógrafo japonês radicado na Bahia, e o mineiro João Castilho, vencedor do último Prêmio Conrado Wessel com o Ensaio Redemunho, na categoria Ensaio Publicado.

6- Existe alguém com quem você gostaria de trabalhar em conjunto? Ou prefere trabalhar sozinha? Existe um reconhecimento do seu trabalho por parte da população geral?

V: Para mim fotografar é um exercício muito particular. Gosto muito de fazê-lo sozinha. É quase um momento de meditação, de re-ligamento. Quanto ao reconhecimento do trabalho, a cada dia ele vem se ampliando e isso se traduz nos convites para expor, na conquista dos prêmios e em citações do meu nome entre os artistas contemporâneos de expressão na Bahia, por especialistas da área.

7- Para quem quer seguir essa carreira, qual dica você daria para o iniciante?

V: Que experimente todas as possibilidades possíveis: do analógico ao digital, do documental até a fotografia contemporânea, passando por tantas outras tendências. E que não se esqueça que todo trabalho pode trazer uma nova poética, mesmo com imagens que aparentemente já foram vistas ou nos parecem muito familiar. É preciso pensar no que se faz e tentar imprimir, na medida do possível, a sua marca, o seu olhar.


8- Salvador é considerada uma das capitais de cultura do Brasil, o que você acha disso? Tem espaço para todos ou na sua profissão é muito difícil de conseguir um destaque?

V: Há controvérsias... Temos um povo muito criativo sem dúvida, e de uma riqueza e diversidade ímpar, mas acho que falta muito para sermos uma capital reconhecida pela cultura verdadeiramente. Quando começarmos a valorizar os nossos artistas e dar a eles respeito, reconhecimento e dignidade, aí sim poderemos falar em capital da cultura. O que vejo muitas vezes é uma grande batalha inglória para se conservar acervos artísticos e patrimoniais dentre outras coisas.

9- Qual mensagem você deixaria para o leitor do SSA UP?

V: Ultimamente tenho acompanhado várias discussões a respeito das categorias que separam a fotografia em compartimentos isolados e muitas vezes incompatíveis: analógico x digital, documental x contemporâneo, dentre outros. Acho tudo isso muito reducionista. Vivemos um momento de muitas mudanças, provocadas pela super popularização da fotografia digital e a sua veloz difusão pela rede, associada ao cada vez maior avanço tecnológico onde um cem número de informações se misturam e fica muito difícil ter essas medidas classificatórias.

É plenamente possível a produção de um trabalho documental com uma estética contemporânea, assim como um trabalho conceitual com caráter de documento. Essas duas categorias não se aniquilam. Portanto é preciso tolerância com as diferenças, e capacidade para absorver o novo, porque ele sempre chega. Há espaço e público para todo mundo e todas as experimentações, ou mesmo para a fotografia clássica, desde que o trabalho tenha qualidade e poder de comunicação.



Estefano Diaz
estefanodiaz@salvadorupdate.com

19/04/2010

ERRATA: TEATRO DA UFBA

ERRATA: A estréia do espetáculo será dia 27/04 (para imprensa e convidados) e 28/04 (aberto ao publico). Temporada de de terça à domingo. às 20 horas.
Sinto pela informação equivocada.


Serviço


O que: Vestido de Noiva – Espetáculo em comemoração aos 25 anos do Curso Livre de Teatro da UFBA


Quando: 27 de abril a 09 de maio de 2010, de terça-feira a domingo.


Que horas: 20 horas


Onde: Teatro Martim Gonçalves – Escola de Teatro da UFBA, Rua Araújo Pinho 292- Canela.


Quanto: Entrada Gratuita


Informações: (71) 3283-7850 / 3283-7851


Teatro Martim Gonçalves Tel.:(71)3283- 7862

15/04/2010

Quem é Léo Santana?



Leonicio Santana Bonfim ou, simplesmente, Léo, tem 29 anos e é morador da Ribeira, bairro da Península Itapagipana, em Salvador-BA. Como todo artista tem a sensibilidade a flor da pele, sob o signo de Peixes (elemento água), ele tem muitos talentos, difíceis até de enumerar: pintor, escultor, designer de ambientes, desenhista e tantos outros dotes artísticos. Seus trabalhos, na grande maioria, seguem um tema africano e são pautados nas linguagens: congo, nagô e angola. Também fica muito evidente em sua obra a influência do candomblé. Veja a entrevista exclusiva de Léo:

1 – Como você começou a se interessar pelas artes?

Não me recordo do momento exato, a arte veio surgindo desde a infância até os dias de hoje (mais aprimorada por conta dos conhecimentos e experiências...). Porém ela começou a tomar sentido após um curso de teatro (interpretação, figurino e cenário) em 2001, com a direção da atriz e diretora Taynã Andrade (Grupo de Teatro Popular Filhos da Rua). E daí por diante passei a estudar sobre técnicas e elaborar esboços e posteriormente criar esculturas bi e tridimensionais em papel-machê (técnica em papietá) e argila. Depois passei a utilizar a resina e fibra de vidro, e por fim inventei uma técnica em tubos de PVC e resina. Já em 2004 fiz minha primeira exposição (Orixás, Inkises, Voduns - Energia que emana em tudo e em todos) na Casa do Benin no Pelourinho. Ainda em 2004, fiz outra exposição no Hotel Blue Free Tower. Em 2005 comecei a pintar quadros e pintar em alto relevo camisas e murais. Em 2006 iniciei a divulgação e venda pela internet, em sites, blogs, chats, etc.



2- Quais seus projetos? Seus planos pro futuro? Existe perspectiva em fazer de sua arte um negócio? Me fale um pouco sobre sua arte.

Bem, projetos sempre têm e planos também. Já faço da arte um negócio e continuo vendendo pela internet, enviando meus trabalhos para todos os estados brasileiros e paises vizinhos como Argentina, Chile, Uruguai, entre outros. Existem também trabalhos meus nos Estados Unidos, Alemanha, França, e outros. Meu objetivo é montar um ponto fixo em Salvador ou em São Paulo (o estado que mais compra minha obra), nesse mesmo segmento de arte/decoração.


3 – Qual a relação da arte com o povo baiano?

Eu posso até estar me equivocando em falar assim, porém acredito que o olhar da arte aqui em Salvador ainda é muito primitiva comparado a outras capitais de desenvolvimento inferiores a nossa. Digo isso por experiência própria, em ouvir pessoas comentarem indiferentemente entre arte e artesanato, por exemplo (muitos não diferem um do outro). Outro exemplo: olham uma escultura esculpida em madeira inspirada nos povos incas e uma caneca de louça comum, para muitos o valor de determinadas peças passa batido. Acho que falta mais consciência da importância e do real valor das coisas! “Da o da arte o que é da arte”.



4- Você acha que Salvador é uma boa cidade para realizar arte? O baiano tem o costume de comprar arte?

Veja bem, acredito que tanto aqui quanto em qualquer estado, não é fácil quando não tem um “paitrocinio” por trás, Salvador é uma província resumida a filhos de artistas que se utilizam do sobrenome do pai pra perdurar sua carreira, artistas com parcerias políticas e financeiras e aqueles que vão pra fora do pais e voltam reconhecidos.
O baiano não tem o costume de comprar arte e sim artesanato, bibelôs, etc. São exceções os que compram e dão o devido valor. Prova maior é que sou de Salvador e o meu público alvo não é o soteropolitano e sim os paulistas (são os que mais compram).



5 – Qual é sua inspiração ao fazer uma peça? Quem são as pessoas que te influenciaram a ser o que você se tornou hoje? Você tem ídolos, se sim, quem?

Eu sinto inspirações e inúmeras coisas, em momentos e situações adversas, se eu não fosse artista plástico, seria escritor, as palavras e frases vêm na mente como as tintas se misturam quando estou frente a uma tela. Seria egoísmo meu citar nomes e de repente esquecer algum na lista de pessoas influenciáveis (risos).
Alguns dos meus ídolos: Gaudi, Frida Kahlo, Ron Mueck, Gibran Kalil Gibran, Raquel Crusoé, Juarez Paraiso, Alecy Azevedo, Caribe, entre outros.

6- Existe alguém com quem você gostaria de trabalhar em conjunto?

Já fiz algumas exposições em conjunto com artistas, mas nunca fiz nenhum trabalho com ajuda de um, sempre fiz trabalhos individuais. Seria uma experiência nova e desafiadora, mas não tenho uma pessoa especifica para isso.

7- Você faz peças de todos os tipos? Quadros, pinturas?

Sim, minhas especialidades são: esculturas em madeira, PVC, resina, papietá, acrílico sobre tela, com aplicações de materiais diversos, pinturas em alto relevo sobre camisas, etc.


8- É muito difícil montar uma peça? Demora quanto tempo para montar uma?

Olha, depende do trabalho, têm coisas que simplesmente flui, se for algo como uma reprodução, para mim é mais complicado, detesto a possibilidade de copiar algo ou alguém. Quando é algo que eu tenha o controle de criar, fica tudo muito mais fácil e prazeroso. A demora pode variar de 2 à 15 dias (dependendo da técnica utilizada).



Quem quiser contatar Léo e comprar sua obras, todas suas informações estão abaixo.

Contatos:

Tel: (71) 87847713 / 33152673
E-mail: leoescultura@yahoo.com.br
Blog: http://leoart.xpg.com.br
Orkut:http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=3582321381814230338
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=377698851096942390

Estefano Diaz
estefanodiaz@salvadorupdate.com

Escola de Teatro da UFBA comemora 25 anos do seu Curso Livre de Teatro




Aberto a qualquer interessado maior de 18 anos, o Curso Livre de Teatro da UFBA, que este ano comemora seu jubileu de prata, é um campo de investigação de propostas contemporâneas de linguagem. Criado em 1985, desenvolve anualmente, oficina de iniciação ao teatro e de aperfeiçoamento para o ator, realizando sempre, ao final do curso, um espetáculo de formatura.

O Curso Livre tem representado um primeiro contato com a ETUFBA, estimulando numerosos estudantes a ingressarem no seu curso superior, mediante vestibular bem sucedido. Tem, também, revelando nomes importantes para o teatro, televisão e cinema brasileiros, como Vladimir Brichta, Diogo Lopes Filho, Marcelo Prado, Val Perré, Jussilene Santana, entre outros. Situa-se, assim, em uma interface entre os aspirantes a alguma experiência nas artes cênicas, a comunidade acadêmica e o mundo do teatro profissional.

Este ano, o curso completa 25 anos de existência, revelações e sucesso no teatro baiano. Para comemorar essa trajetória, será encenado o espetáculo teatral Vestido de Noiva, obra de Nelson Rodrigues, no Teatro Martim Gonçalves – Escola de Teatro da UFBA, entre os dias 24 de abril a 09 de maio de 2010, de quarta-feira a domingo, sempre às 20 horas.

É com Vestido de Noiva que a Escola de Teatro da UFBA (ETUFBA) comemora o jubileu de prata do seu Curso Livre de Teatro.


O Espetáculo

Vestido de noiva, texto fundamental na obra de Nelson Rodrigues (1912-1980), é um marco inaugural do moderno teatro brasileiro, pela complexidade de seu enredo e pela utilização do flashback, novidades absolutas na dramaturgia nacional. A peça conta à história de Alaíde, moça que é atropelada por um automóvel e, enquanto é operada no hospital, relembra o conflito com a irmã (Lúcia), de quem tomou o namorado (Pedro), e imagina seu encontro com Madame Clessi, uma cafetina assassinada há muitos anos pelo namorado de dezessete anos.

As inovações formais de Vestido de Noiva contribuíram para dar popularidade a Nelson Rodrigues, cujo talento produziria 17 peças, sempre objeto de ruidosas polêmicas.


O autor e o curso

Ao longo dos anos tem havido estreita relação do Curso Livre com as obras de Nelson Rodrigues, tendo sido montadas diversas obras do dramaturgo pernambucano radicado no Rio de Janeiro. As encenações, sempre têm contado com a direção do professor Paulo Cunha, que já dirigira, na UFBA, Dorotéia (1986), com participação de Franklin Menezes, e Valsa nº 6 (1987 e 1988). No Curso Livre, foram apresentadas: Álbum de Família (1996); Senhora dos Afogados (1997), que recebeu o Prêmio Braskem de Teatro da Bahia na categoria Melhor Iluminação; Beijo no Asfalto (2003), que recebeu dois Prêmios Braskem de Teatro da Bahia, nas categorias Melhor Espetáculo e Direção; Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas Ordinária (2004) e Boca de Ouro (2005).


Serviço

O que: Vestido de Noiva – Espetáculo em comemoração aos 25 anos do Curso Livre de Teatro da UFBA

Direção: Paulo Cunha

Quando: 24 de abril a 09 de maio de 2010, de quarta-feira a domingo.

Que horas: 20 horas

Onde: Teatro Martim Gonçalves – Escola de Teatro da UFBA, Rua Araújo Pinho 292- Canela.

Quanto: Entrada Gratuita

Informações: (71)3283-7850/3283-7851

Teatro Martim Gonçalves Tel.:(71)3283- 7862

14/04/2010

Nesta sexta-feira o grupo Ogiva-Goitacá apresenta o espetáculo Memórias Apagadas



Espetáculo aberto ao público!!

Memórias Apagadas conta a história de um personagem que abre um baú para narrar a vida de duas pessoas que tiveram papel importante na luta contra a ditadura militar. Enquanto retira do baú elementos para ilustrar e compor a narrativa, o personagem faz o público refletir sobre a obrigação moral de relembrar o passado para não esquecer a situação presente.
O espetáculo apresenta as memórias como um bem dentro da construção da identidade de um país, comunidade ou sociedade, fazendo com que a história seja um resgate como caminho cultural para a sobrevivência das raízes de um povo. Como preparação para o espetáculo, o grupo Ogiva-Goitacá, realizou estudos em livros de história e arquivos de jornais e revistas, sobre a ditadura militar instaurada no ano de 1964.
Ficha técnica
Tiago Chaves: Texto e direção
Venício Coelho: Ator e projeto de Luz
Luiz Ramos: Cenografia
Alisson Lima: Produção musical, trilha sonora
Magali Moraes e Luiz Rocha: Designer gráfico

O quê?
Espetáculo

Memórias Apagadas

Onde?
Centro de Cultura de Lauro de Freitas

Quando?
16 de Abril – Aberto ao público

Horário? 20h00

Programação Paramount/Universal UCI Orient Iguatemi - Semana de 16 a 22 de abril de 2010

UCI Orient Iguatemi
2ª3ª e 5ª6ª, S, D e F
R$ 12,00R$ 15,00
R$ 6,00
(Promoção Segunda Mania)Até às 17hs.Até às 17hs.
R$ 14,00R$ 17,00
A partir das 17hs.A partir das 17hs.
Quarta-feira
R$ 10,00
Sessão Família - sab, dom e feriados - sessões iniciadas até 14:55hs
R$ 10,00 (inteira) - R$ 5,00 (meia)
Sala 3D
2ª e 4ª3ª e 5ª6ª, S, D e F
R$ 19,00R$ 21,00R$ 23,00




Horários:
Matinais: sábado, domingo e feriado.
Sessões saideiras: sexta-feira, sábado e véspera de feriado.
De segunda a quinta-feira: sessões de 13h as 22h30

OBSERVAÇÕES:

1 – No dia 19/04 (segunda) não será exibida a sessão de 21h20 do filme Dupla Implacável da sala 08;

2 – No dia 19/04 (segunda) não será exibida a sessão de 20h15 do filme Amélia da sala 07.


ESTREIAS


Caçador de Recompensas (The Bounty Hunter, EUA, 2010)

Diretor: Andy Tennant
Elenco: Gerard Butler, Jennifer Aniston, Christine Baranski, Gio Perez, Joel Garland, Adam Rose, Dorian Missick, Siobhan Fallon, Carol Kane, Adam LeFevre.
Censura: 14 anos
Sinopse: Milo Boyd é um caçador de recompensas que tem como próximo alvo sua fugitiva ex-mulher, a repórter Nicole Hurly. Os dois vivem passando a perna um no outro - até que se encontram numa fuga por suas vidas.

Mary & Max (Mary and Max, Austrália, 2009)

Diretor: Adam Elliot
Elenco: Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Eric Bana, Barry Humphries, Bethany Whitmore, Renée Geyer.
Censura: 16 anos
Sinopse: A história de uma grande amizade que se dá apenas por troca de cartas entre duas pessoas muito diferentes fisicamente, mas bastante parecidas em seus sentimentos e na solidão. De um lado está uma garotinha de apenas 8 anos de idade, Mary Daisy Dinkle, que vive em Melbourne, na Austrália, e do outro Max Horovitz, um homem adulto com obesidade mórbida que mora em Nova York. Por mais de 20 anos eles jamais se encontram, mas compartilham nas correspondências os altos e baixos da vida.


As Melhores Coisas do Mundo (Brasil, 2010)

Diretor: Laís Bodanzky
Censura: 14 anos
Elenco: Francisco Miguez, Fiuk, Denise Fraga, Zé Carlos Machado, Gabriela Rocha, Gabriel Illanes, Gustavo Machado, Caio Blat, Paulo Vilhena.
Sinopse: Mano tem 15 anos, adora tocar guitarra, beijar na boca, rir com os amigos, andar de bike, curtir na balada. Um acontecimento na família faz com que ele perceba que virar adulto nem sempre é tarefa fácil: a popularidade na escola, a primeira transa, o relacionamento em casa, as inseguranças, os preconceitos e a descoberta do amor.

Amélia (Amelia, EUA, 2009)

Diretor: Mira Nair
Censura: 10 anos
Elenco: Hillary Swank, Richard Gere, Ewan McGregor, Christopher Eccleston, Joe Anderson, Cherry Jones, Mia Wasikowska, Aaron Abrams, William Cuddy, Ryann Shane.
Sinopse: Após se tornar a primeira mulher a fazer a travessia do Oceano Atlântico pilotando um avião, Amelia Earhart (Hillary Swank) conquistou a posição de queridinha da América - a lendária "deusa da luz", conhecida pela ousadia e o carisma extraordinários. Mesmo tendo sido alçada à fama internacional, seu fascínio pelo perigo e a afirmação como mulher independente nunca mudaram. Ela serviu de inspiração para pessoas no mundo inteiro, da Primeira-Dama Eleanor Roosevelt (Cherry Jones) aos homens mais próximos do seu coração: o marido, relações públicas e magnata do mercado editorial George P. Putnam (Richard Gere), e seu amigo e amor de longa data, o piloto Gene Vidal (Ewan McGregor).

Cadê os Morgans? (Did Your Hear About the Morgans?, EUA, 2009)

Diretor: Marc Lawrence
Censura: 12 anos
Elenco: Hugh Grant, Sarah Jessica Parker, Natalia Kilmas, Vincenzo Amato, Jesse Liebman, Elisabeth Moss, Michael Kelly, Seth Gilliam, Sándor Técsy, Sam Elliott, Mary Steenburgen, Dana Ivey, Wilford Brimley.
Sinopse: Um casal bem sucedido de Manhattan, Paul (Hugh Grant) e Meryl Morgan (Sarah Jessica Parker), contabiliza um único fracasso em sua vida quase perfeita – o fim próximo do seu casamento. Sua crise sentimental, entretanto, não é nada comparada à experiência que irão enfrentar: eles testemunham um assassinato e se tornam alvos de um matador profissional. Para proteger suas testemunhas, agentes federais transferem os Morgan de sua querida Nova York para as montanhas do Wyoming, e a relação, que já vinha sendo levada com esforço, pode rolar montanha abaixo de vez, com a mudança do casal para uma cidadezinha nas Rockies… a menos que, na recém-descoberta vida sem BlackBerry, os Morgan consigam frear o passo e resgatar a paixão.

Criação (Creation, Inglaterra, 2009)

Diretor: Jon Amiel
Censura: 10 anos
Elenco: Paul Bettany, Jennifer Connelly, Jeremy Northam, Toby Jones, Benedict Cumberbatch, Jim Carter, Martha West, Teresa Churcher.
Sinopse: Charles Darwin (Paul Bettany) revolucionou toda a história da humanidade com sua extraordinária obra - A Origem das Espécies. Suas idéias chocaram a todos, mas foi dentro de sua família, em especial sua esposa Emma (Jennifer Connelly), onde ele encontrou os maiores desafios a sua teoria. Darwin viveu um dilema entre fé e razão, amor e verdade.

Programação Paramount/Universal UCI Orient Paralela - Semana de 16 a 22 de abril de 2010

UCI Orient Paralela
2ª3ª e 5ª6ª, S, D e F
R$ 12,00R$ 15,00
R$ 6,00
(Promoção Segunda Mania)Até às 17hs.Até às 17hs.
R$ 14,00R$ 17,00
A partir das 17hs.A partir das 17hs.
Quarta-feira
R$ 10,00
Sessão Família - sab, dom e feriados - sessões iniciadas até 14:55hs
R$ 10,00 (inteira) - R$ 5,00 (meia)




Horários:

Matinais: sábado, domingo e feriado.
Sessões saideiras: sexta-feira, sábado e véspera de feriado.
De segunda a quinta-feira: sessões de 13h as 22h30

ESTREIAS

Caçador de Recompensas (The Bounty Hunter, EUA, 2010)

Diretor: Andy Tennant
Elenco: Gerard Butler, Jennifer Aniston, Christine Baranski, Gio Perez, Joel Garland, Adam Rose, Dorian Missick, Siobhan Fallon, Carol Kane, Adam LeFevre.
Censura: 14 anos
Sinopse: Milo Boyd é um caçador de recompensas que tem como próximo alvo sua fugitiva ex-mulher, a repórter Nicole Hurly. Os dois vivem passando a perna um no outro - até que se encontram numa fuga por suas vidas.


As Melhores Coisas do Mundo (Brasil, 2010)

Diretor: Laís Bodanzky
Censura: 14 anos
Elenco: Francisco Miguez, Fiuk, Denise Fraga, Zé Carlos Machado, Gabriela Rocha, Gabriel Illanes, Gustavo Machado, Caio Blat, Paulo Vilhena.
Sinopse: Mano tem 15 anos, adora tocar guitarra, beijar na boca, rir com os amigos, andar de bike, curtir na balada. Um acontecimento na família faz com que ele perceba que virar adulto nem sempre é tarefa fácil: a popularidade na escola, a primeira transa, o relacionamento em casa, as inseguranças, os preconceitos e a descoberta do amor.

Amélia (Amelia, EUA, 2009)

Diretor: Mira Nair
Censura: 10 anos
Elenco: Hillary Swank, Richard Gere, Ewan McGregor, Christopher Eccleston, Joe Anderson, Cherry Jones, Mia Wasikowska, Aaron Abrams, William Cuddy, Ryann Shane.
Sinopse: Após se tornar a primeira mulher a fazer a travessia do Oceano Atlântico pilotando um avião, Amelia Earhart (Hillary Swank) conquistou a posição de queridinha da América - a lendária "deusa da luz", conhecida pela ousadia e o carisma extraordinários. Mesmo tendo sido alçada à fama internacional, seu fascínio pelo perigo e a afirmação como mulher independente nunca mudaram. Ela serviu de inspiração para pessoas no mundo inteiro, da Primeira-Dama Eleanor Roosevelt (Cherry Jones) aos homens mais próximos do seu coração: o marido, relações públicas e magnata do mercado editorial George P. Putnam (Richard Gere), e seu amigo e amor de longa data, o piloto Gene Vidal (Ewan McGregor).

07/04/2010

A baianidade de Pepe Moraes


Pepe Moraes iniciou a carreira de cantor se apresentando em barzinhos, festivais e no programa do Chacrinha.
Fez parte também das bandas Massacre, Kadabra e Anno Dominni (heavy metal, hard rock, blues, e pop rock);
Em 1991 montou sua banda de rock e blues, a Terracotta, que teve uma música autoral (TUDO IGUAL) executada na Fluminense FM;
Em 1992 criou e produziu o projeto “A Minha Vida é Rock’n’Roll”, (92/93 e 2000/2001);
Fez shows na noite carioca, programas na FM Fluminense, Roquete Pinto, Imprensa e Band AM; Produziu e gravou jingles para o Brasil inteiro;
Foi acompanhado pelo lendário ZÉ DA GAITA em vários shows da Terracotta;
Em 2004 abriu o 1º show das Velhas Virgens (SP) no Rio de Janeiro, no Garage.
Em 2005, cantou e atuou no musical “Raul Fora da Lei”, com Roberto Bomtempo;
Além da voz parecida com a do nosso inesquecível Cazuza, Pepe Moraes é compositor, ator, toca violão e gaita, estudou Teoria no Villa Lobos; Locução, Assessoria de imprensa e propaganda na Estácio de Sá e ESPM e Oficina de montagem teatral com Roberto Bomtempo.

Seus shows são mistura de teatro e música, com grande punch de voz e de palco, superperformático e elétrico, o show de Pepê Moraes é energia pura!
Atualmente desenvolve o PROJETO “PEPE MORAES CAZUZA COVER”.
Toda a carreira de Cazuza junto ao Barão Vermelho, e seus consagrados sucessos em sua carreira solo, trazendo também à tona o LADO B do Artista, mantendo os arranjos originais e visual dos anos 80! Pepe que morou na Bahia durante um tempo diz que está aberto à propostas de tocar em Salvador, que é um de seus maiores sonhos, então empresários se liguem!

LINKS


SITE OFICIAL: http://pepemoraescazuzacovereautoral.ning.com/


PRO DIA NASCER FELIZ – COM A BANDA SKILO SEM GRILO - BNDES 10/09/08
http://www.youtube.com/watch?v=orv5cxtUkGI


PRO DIA NASCER FELIZ – COM A BANDA REGRA TRÊS - BAR TENDENCIA 03/01/09
http://www.youtube.com/watch?v=NmL5pJcqWn4

IDEOLOGIA – BANDA BARÃO CAZUZA COVER – PIZZARIA NIGHT PIZZA 08/08/09
http://www.youtube.com/watch?v=1Am1wfLIGq8


OUTROS SITES:


http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=17336994610616872084&rl=t


http://twitter.com/pepemoraes

http://www.oinovosom.com.br/pepemoraes

www.myspace.com/pepemoraescazuzacover

Homenagem à Cazuza


Toda a carreira de Cazuza junto ao Barão Vermelho e, seus consagrados sucessos em sua carreira solo, trazendo também à tona o lado B do artista, mantendo os arranjos originais e visual dos anos 80!

A banda Exagerados foi fundada por Pepe Moraes(morou em Salvador de 1975 até 1979) em janeiro de 2009, com o nome "PEPE MORAES CAZUZA COVER" e, passou por algumas formações até a atual:

PEPE MORAES - além da voz parecida com a do nosso inesquecível Cazuza, Pepe Moraes é compositor, ator e gaitista. Tem grande punch de voz e de palco, super-performático e elétrico!


DINI ROSAS – um excelente guitarrista, perfeccionista ao extremo!


BETO OLIVEIRA – um dos baixistas mais requisitados para trabalhos como free lancer no Rio de Janeiro!


LUCIENE LUCKA – tecladista das melhores, super requisitada para eventos sociais e, professora de música em diversas instituições!


LUCK LEE CRAZY – baterista de peso, mistura emoção e técnica na medida certa!


Os shows da banda misturam teatro e música!

EXAGERADOS! é energia pura!




Últimos shows:


- POSTO 8-IPANEMA - 02/02/10;
- AMARELINHO-CINELÂNDIA - 09/01/10;
- BARRA WORLD SHOPPING PARK - pça de alimentação - 18/12/09;
- GALERIA CAFÉ ANDREA RÖMER - 22/10/09;
- NIGHT PIZZA - 12/09/09;
- BUXIXO TIJUCA - 10/09/09 - Participação especial no show do "PERDIDOS NA SELVA";
- MOFO LAPA - 03/09/09 - Participação especial no show do DI CASTRO E SANGUE DA CIDADE;
- THE RIO ROCK & BLUES CLUB - 28/08/09 - TAVYNHO BONFA & PEPE MORAES;
- NIGHT PIZZA - 08/08/09;
- CLUBE MILITAR RJ - 25/07/09 - ARRAIÁ DO PADRE PIO - show beneficente;
- THE RIO ROCK & BLUES CLUB-10/07/09-TRIBUTO AOS POETAS DO ROCK BRASIL;

- ALIANÇA DOS CEGOS - 28/06/09 - show beneficente.





LINKS:


SITE OFICIAL
http://exagerados.ning.com


ORKUT

PERFIL BANDA EXAGERADOS!:
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=4046383095063412611



YOU TUBE


PRO DIA NASCER FELIZ

http://www.youtube.com/watch?v=z9xLXeJKZ04


EXAGERADO

http://www.youtube.com/watch?v=MKwEpcuBbwU

Mãos Maravilhosas



Edu Domingos considerado o cabeleleiro das estrelas baianas, trabalhou em grandes salões de São Paulo e Recife, mas se encantou mesmo com a Bahia e acabou abrindo seu STUDIO EDU DOMINGOS. Veja a entrevista exclusiva que ele deu para o blog SSA UP:

1 – Como você começou a se interessar por esse mundo da beleza?

R: Comecei a me interessar por ser profissional quando meu pai largou minha mãe. Na época tinha 5 anos, minha irmã foi para o colégio interno eu
fiquei aqui. Vendo a dificuldade que era, fui trabalhar como engraxate com 9 anos em uma barbearia, fui vendo o trabalho do dono, de apelido (PENA), que era um
excelente profissional e pensei: Vou cortar cabelo um dia. Fui morar com um irmão de meu pai e a esposa dele. Minha tia também tinha um irmão que tinha um salão de cabeleireiro na época. Pedi para conhecê-lo. O nome dele era Oswaldo, chamo ele até hoje de tio Oswaldo, com quem fui trabalhar com 10 anos de engraxate e comecei a fazer barba com 11 anos, ia para escola e voltava para o salão para trabalhar. Com a tesoura na mão quase o dia todo treinando, com 12 para treze anos, cortei o primeiro cabelo e meu primeiro cliente foi meu tio, ele gostou tanto que chorou de emoção. Foi ai que ele disse que iria pagar meu curso no senac. Um 1 ano e meio depois, me formei em corte, escova e não parei mais até hoje. Graças a ele que descobriu meu talento. Sou muito grato a ele. Isso aconteceu em São Paulo, depois fiz vários cursos aqui no Brasil e na Europa.

Trabalhei em grandes salões de São Paulo e Recife, mas me encantei mesmo com a Bahia, aonde estou hoje com meu STUDIO EDU DOMINGOS.

2- Quais seus projetos? Seus planos pro futuro?
R: Adoro ensinar e um de meus sonhos, é montar uma escola de aperfeiçoamento para profissionais, e outro horário para iniciantes, e ter outras vagas aonde entrariam com alguns requisitos escolares e de vida familiar, para pessoas sem condições de pagar um curso, pelo menos fazer uma seleção de 10 adolescentes carentes por curso, sem custo nenhum, aonde buscarei parcerias com empresas patrocinadoras.
3 – Você acha que o baiano é vaidoso gosta de se arrumar?
R: Sim, acho o baiano muito vaidoso sempre.
4- Quais celebridades já passaram pelas suas mãos?
R: Tuca Andrade da banda Jammil, Carlinhos Brown, Rita Batista, Juliana Guimarães, Renata Maya, Jéssica Senra, entre outros. No meu site tem algumas fotos: http://edudomingos.com/



5- Existe alguém com quem você gostaria de trabalhar em conjunto?
R: Claro que tenho interesse em profissionais que trabalhem comigo. Tem
muita gente boa aqui, não deixa a desejar nada para outros estados e nem paises.

6- Qual mensagem você deixaria para o leitor do Salvador Update que quer seguir a essa carreira?
R: Enfim grato por poder expressar um pouco de minha vida com muito orgulho e dizer também que para ser um grande profissional, acredito que gostar do que faz, qualidade de trabalho, responsabilidade e humildade, são alguns requisitos básicos para ser um excelente profissional de qualidade e sucesso.



Estefano Diaz
redação@salvadorupdate.com
estefanodiaz@salvadorupdate.com

01/04/2010

Fotografia de Ivã Coelho


Ivã Coelho: Fotógrafo e advogado pós-graduando em Ciências Criminais. Ganhador, em 2009, do III Salão do Mar (concurso anual promovido pela Marinha) e um dos selecionados no concurso-catálogo-exposição África em Nós (concurso promovido pela prefeitura de São Paulo com curadoria do fotógrafo Walter Firmo).


Como é a sua arte, como você começou a se interessar pela fotografia?

Fotografia é um alumbramento de criança, quando ganhei de um tio caminhoneiro uma pequena máquina Love. Era uma máquina descartável dos anos 80, fazia as fotos com ela e deixava-a para revelar no laboratório a máquina inteira, que não retornava. Teve uma época que tinha uma promoção que o fotógrafo levava a Love, deixava pra revelar e ganhava outra juntamente com as fotos reveladas no papel, então havia um ciclo que só terminava se você quisesse interromper.



Era um brinquedo curioso. Ficava intrigado com o processo de fotografar, não entendia, mas era divertido. Eu mesmo menino era o responsável pela fotos dos feriados com a família na Ilha de Itaparica. Eu só não gostava de aparecer nas fotos. Havia algo de estranho com a minha imagem, eu nunca me reconhecia nela. Desenvolvi quase uma fobia. Não queria aparecer em fotos de jeito algum, mas adorava estar por trás da câmera, operando e desvelando o que via. Essas fotografia espalharam-se pela família e foram perdidas ao longo desses anos.

O tempo passou e na adolescência minha mãe deu-me de presente uma Zenit 122 para que eu fosse ganhar dinheiro, mas eu não conseguia me ver, do alto da minha timidez, fazendo fotos em casamentos e aniversários. Então fiquei só nos estudos técnicos e quando sobrava algum dinheiro da mesada pra comprar filme e revelar eu fotografava. Como outras coisas chamaram mais minha atenção na época dos 18 anos (o rock) eu deixei a máquina de lado, perdida no fundo do guarda roupas. Durante todos os meus 20 e poucos anos a fotografia para mim se resumiu ao trabalho de outros. Comprava revistas, ia a exposições (descobri o trabalho do Robert Mapplethorpe no MAM de São Paulo e fiquei fascinado por seu trabalho) e só.

Com a fotografia digital, há um ano comprei uma câmera digital Nikon e desde então venho reaprendendo a fotografar a cada clique, a cada edição das fotos, em livros de técnica, estudos filosóficos e antropológicos e em todos os papos com outros fotógrafos e na web em fóruns, blogs e no Flickr.




Quais seus projetos? Seus planos pro futuro?

Continuar o aprimoramento na arte fotográfica, dedicando-me mais a trabalhos documentais com pretensões de participar de salões de arte e de estar no movimento de desvelar o mundo através das lentes fotográficas, tentando inserir a fotografia como instrumento de mudança social. É um caminho tortuoso, como relata-me fotógrafos que estão há tempos nele, mas que considero de grande valia e desmesurado contentamento, já que estarei fazendo algo que considero importante. Tudo isso são planos, vontade em potência. Essas imagens ainda estão por se materializar.

Qual a sua relação com a fotografia, e o que você prefere ao tirar suas fotos?

Meu interesse por fotografia tem grande concentração na vertente dos ensaios autorais, gosto da fotografia como forma de expressão no mundo, como forma de expressão pessoal, enquanto meio para mostrar o homem em todas as questões que lhes são caras. Gosto de fotografar gente, seus medos, alegrias, suas vastas emoções e pensamentos imperfeitos. É um pouco do que tento fazer quando escrevo contos e poesias, buscando usar cada palavra como ferramenta de expressão, como construtoras de imagens. Na fotografia a escrita é com a luz, mas o intento é o mesmo.

Você acha que Salvador é uma boa cidade para realizar suas fotografias e por quê?

Salvador é uma cidade privilegiada pela luz e por temas diversos para serem abordados de maneiras também diversas. Claro que há uma tendência forte a buscar imagens nos temas religiosos, na temática da herança afro descendente, na voluptuosidade da força negra, muitos foram os fotógrafos mestres que se dedicaram a estes temas que até hoje toca, encanta e são ricos em possibilidades imagéticas, mas há outros temas igualmente representativos da cultura baiana que podem ainda ser explorados e viabilizados. Fotografia depende muito da criatividade, um fotógrafo de olhar esmerado e grande sensibilidade pode tirar leite de pedra e conseguir imagens de valor de coisas banais para muitos.

O que dificulta o fazer fotográfico em Salvador é a falta de educação visual da população como um todo, da pouca importância que se dá a essa arte ainda. Faltam cursos para aprimoramento, falta espaço para exposições.

Temos uma boa cena de fotografia, com importantes festivais anuais, galeria especializada, cursos esporádicos etc., mas falta difusão disso, falta abertura para que cada vez mais o cenário cresça e atinja relevância nacional e internacional.

Temos excelentes expoentes da fotografia enquanto arte. O trabalho de Mario Cravo Neto, do Voltaire Fraga, do Cristian Cravo, do Marcelo Reis dentre tantos outros são trabalhos importantíssimos que ratificam a existência dessa força criativa dentro da fotografia baiana, mas, mesmo pra eles, falta mais divulgação dentro da cidade, para um público maior, menos elitista. Por isso a difusão é importante, assim como a educação das pessoas, mesmo as menos interessadas em fotografia como expressão artística, documental, histórica. Falta valorizar o já produzido e fomentar a produção contemporânea.

Como é a sua relação com as pessoas que você se inspira ? O q você mais gosta de fazer dentro da sua arte?

As relações são diversas, vai desde a abordagem amistosa ao interpelar desconhecidos na rua, na feira ou nas festas populares até a relações mais íntimas com amigos, amores e outros do meu rol de conhecidos. Então tem desde imagens de pessoas na rua em seus instantes decisivos até a imagens mais intimistas/subjetivas com pessoas com as quais convivo. E o meu desejo é variado, tenho prazer em documentar uma expressão da cultura popular tanto quanto pensar em imagens e criar personas para amigos posarem para mim. Somos múltiplos e, embora a sociedade exija de todos (mesmo dos artistas) uma especialização, creio que ainda é possível transitar em diversas nuances sem perder o viço.



Existe outro lugar em que você se sentiria bem em fazer sua arte?

Com criatividade e empenho é possível fotografar em qualquer lugar. O que acharia interessante é se estivesse numa cidade com mais possibilidades de divulgação, de aprimoramento, de troca, um lugar que vivesse mais a fotografia, das suas abordagens comerciais às artísticas/autorais. Salvador está no caminho para se tornar uma cidade mais movimentada nesse sentido, para o mundo fotográfico. Estar num centro mais movimentado ajuda, incentiva e possibilita uma troca grande, um compartir que auxilia no crescimento, mas hoje temos informação fácil e farta e por aqui tem muita gente empenhada no ato fotográfico, de profissionais a amadores (iniciantes, avançados, entusiastas etc.) e isso dá uma perspectiva mais ampla, um desdobra mais efetivo. É o que os apaixonados pela arte fotográfica querem.

http://www.flickr.com/photos/24038199@N03/


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Por Estéfano Díaz
estefanodiaz@salvadorupdate.com

Delicious Pinturas


Nascida em 3 de maio 1971, signo de Touro, Carmon Springs era modelo, fez muitos desfiles para Valentino, Toscani, Gianfranco Ferre, Fendi, Chanel, entre outros. Depois da modelagem se tornou uma maquiadora artistica para desfiles e também revistas como: HARPERS BAZZAR ITALIANA, ELLE, MADAME FIGARO, VOGUE FRANCESA. Trabalhou também para Saks 5TH Avenue, Lord y Taylor, Bloomingdales, VICTORIA´S SECRET. Já no caso de celebridades, maquiou Alicia Keys, Shirley Mallman, Isabela Rosselini, Aretha Franklin, Angelina Jolie, David Duchovny, Robin Williams, Celine dion, Naomi Campbell, Christy Turlington e Tyra Banks para nomear alguns. Morando em Manhattan, no Soho, foi para o Brasil com a revista Essence em 1998, e ficou maravilhada com o país. Fotografando no Pelourinho se encantou de cara com o clima e as pessoas. Voltou algumas vezes depois para ver se era tudo aquilo mesmo que havia achado, amou toda a cultura da Bahia e decidiu comprar uma casa em Salvador em 2004. A partir daí, começou a trabalhar com arte profissionalmente.



1 – Como você começou a se interessar pelas artes?

CS: Sempre, desde a vida inteira, desde criança eu fui introduzida pela professora Mrs.WEB, da sexta série, durante a aula de artes, vi que tinha aptidão em mim. Eu tinha talento, ela viu e me encorajou a seguir em frente.

2- Quais seus projetos? Seus planos pro futuro? Existe perspectiva em fazer de sua arte um negócio? Me fale um pouco sobre sua arte.

CS: Eu quero fazer uma exibição, uma coleção neo política, com toda minha arte, e com as peças icônicas, como Marilyn Monroe, John Glenn, Carmen Miranda, Mão Tse Tung, Stalin, Che Guevara. Não é meu desejo fazer arte para vender, eu faço porque eu gosto, é uma dádiva. Minha arte é composta predominantemente de quadros respeitáveis em formas de revistas de quadrinhos, também faço relógios, muito coloridos, simples, modernos, sem muito detalhes.

3 – Qual a relação da arte com o povo baiano e o americano?

CS: Eu sou muito fascinada pelo que os baianos são e pelos trabalhadores, que são também, baianos tem reputação de serem lerdos, preguiçosos, mas são os mais trabalhadores que eu já vi na vida, e nunca reclamam do trabalho mesmo debaixo de sol escaldante. A América tem sido sequestrada por Israel e não é a América que eu conhecia, da liberdade, foi completamente desmotivada com essa política sionista(Obtendo o seu nome de Sião (Sion, Zion) que é o nome de um monte nos arredores de Jerusalém, o Sionismo é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado Judaico, por isso sendo também chamado de nacionalismo judaico . Ele se desenvolveu a partir da segunda metade do século XIX, em especial entre os Judeus da Europa central e do leste europeu, sob pressão de pogroms e do anti-semitismo crônico destas regiões, mas também na Europa ocidental, em seguida ao choque causado pelo caso Dreyfus), essa agenda de armas e guerras. Eu acho que isso é muito errado.

4- Você acha que Salvador é uma boa cidade para realizar arte? O baiano tem o costume de comprar arte?

CS: Não acho, porque as pessoas aqui não têm respeito com pessoas que trabalham com artesenato, eu não acho que Salvador seja uma cidade boa para fazer arte, mas precisamos mudar e com conhecimento as pessoas mudarão de opinião. Baianos acham que têm que comprar arte para combinar com seus sofás, e arte deveria ser comprada porque mexeu com sua alma. Isso não acontece com somente baianos, mas com pessoas de todo mundo, querem combinar a decoração da casa e só.




5 – Qual é sua inspiração ao fazer uma peça? Quem são as pessoas que te influenciaram a ser o que você se tornou hoje? Você tem ídolos, se sim, quem?
CS: É sempre cor e são as cores primárias que cresci vendo no jardim de infância. Os artistas que me inspiraram muito e me inspiram até hoje são o Salvador Dali, Vermeer, entre outros. Minha mãe também é minha inspiração, porque ela me ensinou tudo do nada.

6- Existe alguém com quem você gostaria de trabalhar em conjunto?
CS: Gostaria muito de trabalhar com o Ty-ron Mayes, ele é um estilista, meu sonho é trabalhar com ele novamente, sou muito fã do seu trabalho.



7- Você faz peças de todos os tipos? Quadros, pinturas?

CS: Eu faço esculturas também.



8- É muito difícil montar uma peça? Demora quanto tempo para montar uma?

CS: Depende, pode demorar uma semana até um mês, pode chegar a ser dois meses. Uma peça pode começar sendo uma coisa e terminar sendo outra completamente diferente, como a Carmen Miranda que eu fiz. Demorei muito para chegar no final da pintura. A Marilyn eu fiz ela chorando e azul para destacar a humanidade dela e não uma loira burra como todos a retratam, quis mostrar que ela tem sentimentos. O Superman eu fiz muito grande porque ele é o super homem, mas ele tem muita emoção, por isso ele se pergunta “quem me salvará”, e isso mostra a sua vulnerabilidade.

Estefano Diaz
estefanodiaz@salvadorupdate.com